A partir da Conferência Episcopal de Aparecida (2007) surgiu uma grande inquietação, oriunda da necessidade de aplicar entre nós as conclusões da Conferência Eclesial e responder a um desafio fundante: Como levar a vida de Jesus Cristo para os nossos povos, nas comunidades e paróquias que missionamos?
Numa tentativa de síntese, os missionários se debruçaram sobre o documento final da conferência e a partir deste aprofundamento foram apresentadas diversas respostas.
O que estamos fazendo há muitos anos, promovendo pequenas comunidades, grupos de famílias e setores missionários nas comunidades e paróquias que evangelizamos é algo que tem de ser levado em frente, buscando sempre mais o seu aperfeiçoamento, não só em base geográfica, mas também em base ambiental, de grupos de interesses e de afinidades, e até mesmo em ambientes que são hostis ao evangelho. Uma Santa Missão nunca mais voltará a ser só uma animação de massas, mas a busca de inserção na vida da comunidade.
A participação ativa dos Leigos Missionários das próprias comunidades é um investimento pastoral necessário e crescente.
A pastoral urbana, apesar de seus grandes desafios, é uma expressão que inclui um pluralismo de situações, geralmente complexo e contraditório. Por isso, as missões nos grandes centros urbanos têm como principal objetivo atingir e envolver comunidades e grupos humanos específicos. As manifestações de grandes massas, que envolvem toda uma cidade ou todo um bairro, quando possíveis, devem servir como uma estratégia para a formação ou consolidação das pequenas comunidades e grupos, resgatando tantas pessoas que estão perdidas em meio à massa. E não somente de grupos próximos geograficamente, mas também de grupos com proximidade cultural, profissional e afetiva.
Globalizar a solidariedade
Se o centro da nossa mensagem missionária é a Vida, o desafio de nossas missões será sempre o de promover momentos e espaços de ecumenismo e de manifestação da cultura popular, quem sabe até a cultura indígena e afro-americana.
A partir desta postura de Igreja renovada, tão bem clarificada nos discurso e nas atitudes do papa Francisco, continuamos propondo com insistência a “opção preferencial pelos pobres”, atentos aos novos rostos, provocados pela globalização: migrantes, vítimas da violência e do tráfico de pessoas, tóxico-dependentes, exploradas sexualmente, analfabetos tecnológicos, crianças de rua e outros marginalizados. A dimensão de Comunidade, tão importante em nossas missões deve ser vinculada mais fortemente à dimensão da Vida e provocada a promover os serviços de caridade, desde a assistência solidária até a conquista de direitos fundamentais para o povo. Não bastam celebrar e cantar.
Uma expressão que poderíamos propor para que penetre nas inquietações das comunidades missionadas é a “Globalização da solidariedade”.
Padre Inácio Medeiros, C.Ss.R.
Equipe de Comunicação das Santas Missões
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