Conheça as obras espirituais da Beata Maria Celeste Crostarosa

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Autobiografia original de Maria Celeste no museu do Mosteiro do Santíssimo Salvador, em Foggia.

A Igreja celebra no dia 11 de setembro, a vida da Beata Maria Celeste Crostarosa, fundadora da Ordem do Santíssimo Redentor (Monjas Redentoristas). Mulher e religiosa de profunda inteligência escreveu inúmeros livros onde apresenta uma espiritualidade centrada na Eucaristia, no coração trespassado do Salvador e na Virgem Maria.

Ela escreveu 16 livros. Entre eles, "Autobiografia", uma leitura muito fluente e agradável de se ler. "Diálogos da Alma" que trazem 152 páginas sendo sua maior parte escrita nos anos de Scala, de 1724-1732. Em outra publicação, "Graus de Oração", Maria Celeste expõe sua experiência de oração em 16 degraus, usando a comparação clássica da escada de Jacó, tão frequente na história da espiritualidade.

Abaixo, as demais publicações de Madre Celeste, sendo que nem todas ela conseguiu terminar de escrever: 

• Instituto e Regras do Santíssimo Salvador (congregação);

• Dez dias de Exercícios Espirituais;

• Sobre o Evangelho de São Mateus - Exercícios de Amor a Deus para todos os dias do Ano (só conseguiu escrever 193 meditações);

• Exercício de Amor para todos os dias da Quaresma, de quarta-feira de cinzas ao domingo da Ressurreição;

• Exercício Interno de amor para o Advento do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo;

• Meditação unidos a Jesus, 77 meditações, divididas em dois pontos; 

• Novena do Santo Natal, 13 páginas, na forma como sempre muito querida por Maria Celeste, de diálogo entre o Esposo e a Esposa;

• Exercícios Espirituais para cada ano (para o mês de Dezembro);

• Sete Regras Espirituais, em 1718 aos 22 anos de idade, reelaboradas no fim da vida em Foggia, e incluídas por ela na redação final de sua autobiografia.

• Livro de Exercício Devotos: 10 paginas de orações, escritas também como jovem carmelita em Marigliano de 1718 a 1719.

• Jardinzinho interior do Divino Amor, nele Maria Celeste nos fala deste escrito seu na autobiografia. Devia ter muitas páginas, irremediavelmente desaparecidos. Só resta uma cópia não autografada da primeira página.

• Cançõezinhas Espirituais e Morais: coletânea de poesias (muitas originais de Maria Celeste) em 3 códices: um de 45, outro de 78, outro de 56.
• Cartas: São 28 cartas que restam das quais 3 ao então diretor espiritual (temido mais que amado); 15 a Santo Afonso (a primeira de 1730, a última de 1732).

Em suas publicações, Madre Celeste usa muito os termos “Exercício” e “Memória”, indicando sua grande sabedoria e experiência contemplativa. Para ela, a “Memória” (pensamento permanentemente em Cristo) sem “Exercícios” (prática evangélica) é vazia e os “Exercícios” sem “Memória”, são infecundos e tornam a vida individual e comunitária artificial e difícil. 

Sua vida - Madre Celeste nasceu em Nápoles, na Itália, no dia 31 de outubro de 1696. Ela fundou a congregação da Monjas Redentoristas em 1731, um ano antes da fundação da Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), por Santo Afonso, com quem partilhou amizade e carisma. Ela morreu no dia 14 de Setembro de 1755, aos 59 anos. 

:: Afonso e Maria Celeste, unidos por origens napolitanas

Atualmente, as Monjas Redentoristas contam com centenas de religiosas em todo o mundo, e no Brasil, são dois mosteiros. Um localizado em Itu (SP), o Mosteiro da Imaculada Conceição e outro em São Fidélis (RJ), o Mosteiro da Santa Face e do Puríssimo e Doloroso Coração de Maria. O de São Fidélis segue a regra antiga, e as monjas usam o hábito azul, já o de Itu utiliza a regra pós-conciliar e usa o hábito vermelho. 

Madre Celeste foi beatificada pela Igreja em 18 de junho de 2016, e agora espera-se um segundo milagre para sua canonização.

Fonte: Monjas Redentoristas.