Por Pe. Rudolf Jacobus Croon, C.Ss.R. Em Notícias Atualizada em 14 JAN 2020 - 10H09

Espiritualidade do beato redentorista Pedro Donders

O nosso beato Pedro Donders sempre foi uma pessoa simples sem grandes dotes intelectuais, mas com um grande espírito missionário. Teve grande dificuldades nos estudos e não acreditavam muito nele para ser padre. Mas ele venceu todas as barreiras se formou padre bem mais maduro e veio para o Suriname, então colonia holandesa. Ele encontrou no Suriname uma sociedade bem primitiva, com muitos escravos, índios, e negros que fugiam para a selva e viviam uma vida primitiva. Além disso uma epidemia da lepra. Levavam essas pessoas para um lugar distante, excluídos da Sociedade sem ter condições para sair de lá.  

Reprodução.
Reprodução.
Beato Pedro Donders cuidando dos leprosos da Batávia.


Daí a espiritualidade dele era centrada sobre as necessidade dos outros, procurando estar ao lado deles, porque via neles Jesus sofredor. Ajudava-os com mantimentos, roupas e outras necessidades e atendia os com muito carinho e amor, lembrando sempre a palavra de Deus: “Tudo que fizerem ao menor dos irmãos é a mim que o fazem”(Mc.9, 37). Viveu práticamente 30 anos numa colonia de leprosos, Batávia, e onde faleceu, e de onde só se podiam chegar e sair de barco.  

Por outro lado, buscava forças junto de Deus para poder ajudar essas pessoas carentes e ser a presença de Cristo que evangeliza. Por isso, levantava cedo para rezar e mais tarde rezava e celebrava com o povo, dava formação. Rezava também noite a dentro. Era um homem de oração e meditação.

 

"A Espiritualidade dele era centrada sobre esses dois pilares importantes de sua vida: O irmão mais necessitado e carente e uma união muito profunda com Deus".

A Espiritualidade dele era centrada sobre esses dois pilares importantes de sua vida: O irmão mais necessitado e carente e uma união muito profunda com Deus, a razão de ser de sua vida: servir os pobres e união Deus. Essa espiritualidade ele procurava incutir no povo onde viveu e trabalhou: Um ajudar o outro e a união com Deus.

A situação social do povo já mudou bastante hoje, mas ainda existe muita pobreza. A maioria da população de Suriname vive na capital Paramaribo e a situação de pobreza está mais na pariferia.

Nós estamos trabalhando no extremo sul da capital onde ainda existem problemas sociais. Nós atendemos três paroquias: N. Sra. Rainha do Mundo, distrito de Latour a maior; São Francisco de Assis, distrito de Livorno e Santíssimo Redentor, distrito de Domburg. Temos também mais quatro comunidades: Duas maiores, Hanna’s Lust e Sonny Point; duas menores Houttuin, e Pont Buiten que ainda não tem espaço próprio. Além disso trabalhamos com a comunidade dos brasileiros que que funciona numa Igreja de Surinameses, mas estamos começando a construir o próprio espaço e ela está se organizando com as diversas equipes pastorais.

Foto: reprodução.

No sentido horário: Igreja de Latour, maior paróquia atendida pelos religiosos. Interior da Igreja Catedral.
Túmulo do beato Pedro Donders, na foto aparecem o irmão Jorge Tarachuque, padre Rudolf Croon e padre  Joaquim Parron. Na última foto, uma missa na Batávia. 

 

 

 

 

 

 

O primeiro grande desafio nosso no Suriname é aprender o Holandes que é uma língua complicada e a língua nativa Sranatongo para poder se comunicar com o povo. Esse processo é feito com o início do trabalho, o que não é fácil. Mas vamos caminhando com a graça de Deus.  

 

Padre Rudolf Jacobus Croon, C.Ss.R.
Reside na Comunidade Redentorista de Paramaribo desde 2011

 

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