Descansando um pouco e eis que chegou-me a notícia: mais um confrade despediu-se de nós!
Ir. Urbano é um daqueles homens gigantes, grandioso presente que a Congregação recebeu para amar os confrades e servir os pobres. Um homem santo, não tenho dúvidas! O sertão da Paraíba e o Nordeste foram beneficiados com o poder da ação inteligente do holandês esguio, silencioso, humilde, contemplativo, coerente e de presença fecunda.
Com sotaque holandês, fala suave, suas raras intervenções davam qualidade às reflexões nos momentos fraternos da comunidade; estava sempre antenado aos acontecimentos do mundo; homem de oração e ação sustentada por uma espiritualidade que tocava a gente.
De suas palavras; quando ele falava, a gente calava para ouvir suas pérolas engendradas pela riqueza de sua vida interior; criativo na atividade missionária, vislumbrava uma sociedade alternativa independente dos poderes políticos, pois estes não se comprometem com as fragilidades da população. Por isso, entre tantas iniciativas a serviço dos pobres, fundou o PATAC (Programa de Aplicação de Tecnologias Adaptadas à Comunidade), onde de forma gratuita, promovia a utilização de suas invenções para que os pobres pudessem superar as intempéries do clima seco. O bom Redentorista não imita, mas deixa-se conduzir pelo Espírito, como o fez nosso santo Irmão. Até o poder público rendeu-lhe homenagens reconhecendo a importância de seus serviços.
Como todo profeta, tantas vezes foi um solitário "pregando no deserto", mas era resiliente e destemido; sua fala nos desinstalava, e algumas vezes desnudava nossos preconceitos e visões heterodoxas, ninguém saía de sua presença sem ter se alimentado interiormente. Grande missionário, defendia a vocação dos Irmãos e incentivava os candidatos à perseverança. Irmão Urbano era o símbolo da criatividade, da esperança, do diálogo, da acolhida com sorriso doce; estava sempre à frente nas reflexões sobre a realidade do país e da vida redentorista. Um missionário gigante, que merece a reverência de todos nós.
Holandês de nascimento, brasileiro por opção. Redentorista, "nordestino" de coração, teve sua vida marcada pela oração e pelo amor aos pobres; aquele homem alto caminhando pela estrada inspirava fecunda oração. Temos a obrigação de resgatar a sua história para que descubramos a preciosidade escondida na simplicidade deste homem. Sua história é exemplo indubitável de santidade, que devemos conhecer, pois os mais pobres já o reconhecem. Temos a obrigação de abrir canais para que o povo fale sobre nosso santo confrade e descubramos, surpresos, sua genialidade criativa, a eloquência do seu silêncio, a ousadia missionária, a resistência nordestina, a fecundidade de um "semeador de esperanças" no deserto de um país tão controverso.
Irmão Urbano, THEODORUS AUGUSTINUS DODERLEIN DE WIN, uma surpresa de Deus, homem que nos enche de santo orgulho em pertencer ao mesmo "time" que ele escolheu para "gastar a vida pela redenção"!
Não perdemos um confrade, ganhamos um intercessor que nos inspira na vida missionária, especialmente nesses tempos loucos quando preponderam o clericalismo e estética religiosa em nosso meio.
Estais no céu, Irmão Urbano, interceda por todos nós!
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