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Família Redentorista celebra beatificação de Maria Conchita

Em sua breve vida, jovem nos ensinou que a conformação a Cristo transforma a substância da vida

Escrito por Mário Pereira

10 MAI 2023 - 09H49 (Atualizada em 10 MAI 2023 - 13H12)

Arquidiocese de Granada (ESP)

A Congregação do Santíssimo Redentor celebrou, no último sábado (06/05), a beatificação de Maria Conchita Barrecheguren.

Na Catedral de Granada, na Espanha, com a presença de 2,5 mil fiéis, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, anunciou o decreto do Papa Francisco, tornando bem-aventurada Maria da Conceição (Conchita) Barrecheguren Garcia, conhecida como Maria Conchita. 

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O milagre reconhecido pela Santa Sé é a cura de uma menina de 16 meses, que sofria de choque séptico multiorgânico, para cuja cura os médicos nada mais puderam fazer, segundo a Arquidiocese de Granada, em comunicado à imprensa. Esta devoção levou algumas pessoas a fazerem uma novena a Conchita, cuja intercessão curou a menina.

Em sua homilia, o Cardeal recordou as palavras do Santo Padre sobre vulnerabilidade e fragilidade, dizendo que “esta dimensão da nossa vida deve ser acolhida porque, na realidade, é uma dimensão que nos interpela e exige respostas, porque contém uma vocação, que é um apelo à sociabilidade em forma de solidariedade”.

Scala News
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Imagem da Beata Conchita no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Granada, na Espanha


“A Beata Maria Conchita, com a oferta da sua jovem e breve existência e com total e confiante entrega a Deus, mostra como a conformação a Cristo, no amor crucificado, transforma a substância da vida, mesmo a mais complexa e difícil, disse o Cardeal.

A celebração contou com a presença dos missionários redentoristas Pe. Zdzislaw F. Stanula, C.Ss.R., Vigário Geral de Granada, Pe. Francisco J. Caballero, C.Ss.R., Provincial de Madri, Pe. Antonio Marrazzo, C.Ss.R., Postulador Geral, além do Arcebispo de Granada, Dom José María Gil Tamayo, e o Bispo Emérito de Granada, Dom Javier Martínez.

O lema da beatificação de Maria Conchita foi “Uma jovem santa para a Igreja de hoje”.

História de santidade na família

A pequena Maria da Conceição nasceu em Granada, em 27 de novembro de 1905. Batizada no dia 8 de dezembro do mesmo ano, recebeu o nome de Maria da Conceição do Perpétuo Socorro.

O pai cuidou pessoalmente de sua formação cultural e religiosa, preparando-a para receber os sacramentos. A fé ajudou a menina a superar uma doença no aparelho digestivo, que sofreu desde a infância.

Divulgação
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Em 1926, depois de uma peregrinação a Lisieux, terra natal de Santa Teresinha do Menino Jesus, decidiu consagrar-se ao Senhor e, nesse período, apareceram sintomas de tuberculose, que a deixaram enferma até o fim de seus dias. Morreu serenamente, nas primeiras horas do dia 13 de maio de 1927, assistida pelos pais e pelo bem-aventurado padre Juliano Pozo, mártir redentorista, que a havia sustentado espiritualmente em seus últimos dias.

Dez anos após a morte de Conchita, o seu pai, Francisco Barrecheguren, ficou viúvo, com a morte da esposa Concha Garcia Calvo. Anos mais tarde, sentiu-se chamado ao sacerdócio e entrou para a Congregação Redentorista aos 65 anos de idade.

Padre Francisco Barrecheguren viveu serenamente os seus oito anos de sacerdócio, cuidando da documentação da causa de beatificação de sua filha. Faleceu em 1957, aos 76 anos. Ele teve o seu processo diocesano aberto e encaminhado para o Vaticano em 1993.

Os restos mortais de Conchita e de seu pai estão no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Granada, na Espanha.

Processo de beatificação

A fama de santidade de Conchita teve início logo após a sua morte, em 1927, saindo da Espanha e se espalhando por outros países da Europa. Isso motivou a abertura do processo de beatificação, em 21 de setembro de 1938, com a fase diocesana do processo encerrada em 7 de novembro de 1945.

Em 1979, foi realizada uma consulta complementar junto ao processo diocesano, a partir de uma petição da Sagrada Congregação para a Causa dos Santos, recebendo a aprovação jurídica em 1992.

A causa pela beatificação de Maria Conchita foi assumida pela Província Redentorista de Madri, que apresentou toda a documentação necessária para a Santa Sé em 2002.

Em 2020, o Papa Francisco a declarou Venerável, junto com o seu pai Francisco. Agora, em 2023, celebremos a Beata Maria Conchita e rezemos por estes dois modelos e protetores das famílias cristãs!

.::Reze pela beatificação do Padre Vítor Coelho de Almeida

Fonte: Scala News

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