Notícias

Influência afonsiana na vida dos santos e beatos da Igreja

Giacchino della Regina della Pace, inspirado por Santo Afonso Maria de Ligório, de veterano de guerra, tornou-se venerável

Escrito por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

31 OUT 2025 - 15H30 (Atualizada em 31 OUT 2025 - 15H32)

Instituto Histórico Redentorista

Durante audiência no dia 24 de outubro, no Palácio Apostólico do Vaticano, o Papa Leão XIV autorizou a promulgação de alguns decretos relativos ao martírio de onze sacerdotes, veneráveis que serão proclamados beatos, e as virtudes heroicas de outros quatro que agora passam a ser chamados de veneráveis.

Entre eles estão alguns salesianos mortos entre 1941 e 1942, nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, e dois diocesanos da antiga Tchecoslováquia, assassinados entre 1951 e 1952, durante a perseguição comunista contra a Igreja.

Na mesma audiência, o Sumo Pontífice reconheceu as virtudes heroicas de quatro servos de Deus, agora veneráveis, tendo entre eles o carmelita descalço Giacchino della Regina della Pace (Leone Ramognino: 1890-1985), eremita e guardião do santuário no Monte Beigua, esse influenciado diretamente pela vida e espiritualidade de Santo Afonso.

.:: Igreja Ucraniana recorda o redentorista Monsenhor Volodymyr ::.

Gioacchino della Regina della Pace (Joaquim da Rainha da Paz)

Batizado com o nome de Leone Ramognino, Gioacchino della Regina della Pace nasceu em Sassello, pequena cidade (Comuna) da província de Savona, em 12 de fevereiro de 1890. Hoje, Sasselo tem por volta de 2 mil habitantes. Seu nome de batismo foi dado em homenagem ao então Papa Leão XIII, que também tinha o nome Gioacchino (Joaquim) recebido no batismo.

Crescendo em uma família muito religiosa, desde cedo se envolveu nas atividades de sua paróquia, ajudando na catequese das crianças e participando de confrarias e outros movimentos.

Trabalhou como carpinteiro e, mais tarde, serviu na Primeira Guerra Mundial, destacando-se na construção de pontes e canais nos rios Isonzo e Piave, o que lhe rendeu a honraria de "Cavaleiro de Vittorio Veneto".

Ao retornar a Sassello depois da guerra, colaborou com o pároco na fundação do Círculo São Luis, voltado para a educação de crianças. Também se tornou membro ativo da Sociedade de Socorros Mútuos de Santo Afonso Maria de Ligório, onde conheceu a vida e a espiritualidade do santo fundador dos redentoristas, e além do mais ajudou também a fundar um grupo de exploradores católicos em sua cidade natal.

O venerável Joaquim trabalhou na construção do Santuário em homenagem à Rainha da Paz no Monte Beigua e, em 1927, tornou-se o seu guardião, ali vivendo por cerca de dez anos como eremita, mas sempre disponível para acolher os peregrinos.

Ali desenvolveu sua vocação religiosa, ingressando no convento dos Carmelitas Descalços do Deserto de Varazze, em 1951, continuando a se dedicar ao Santuário da Rainha da Paz, onde permaneceu como guardião até sua morte em 25 de agosto de 1985, aos 95 anos. Essa devoção mariana explica o nome de religioso que assumiu após sua consagração como carmelita.

Ele passava muitas horas em oração e meditação diante do Sacrário e cultivava uma profunda devoção a Nossa Senhora, considerando uma bênção ser custódio de um santuário a ela dedicado. Caridoso para com todos, dava exemplo aos jovens noviços com sua intensa vida de oração, seu sorriso acolhedor e sua bondade, e o povo o chamava de "Ninu u santu" (Nino, o santo).

.:: Semelhanças entre as imagens de Aparecida e de Altötting ::. 

Fonte: Instituto Histórico Redentorista

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R. , em Notícias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...