Nascido em San Giovanni Rotondo, Diocese de Manfredonia, em 23 de novembro de 1783, Celestino Cocle tinha dois irmãos que já eram padres, sendo ainda sobrinho do também redentorista Padre Alessandro de Meo. Ele tinha 13 anos quando morreu Santo Afonso.
Iniciou o noviciado em 1800, em Nocera dei Pagani, estudando também filosofia e teologia. Depois de ordenado padre, primeiro foi mestre de noviços, depois transferido para Roma como reitor do colégio de Santa Maria em Monterone.
Retornando a Pagani como superior, restaurou a igreja da congregação, construindo a capela que abrigaria as relíquias de Santo Afonso Maria de Ligório, devolvida à ordem.
Eleito Reitor-Mor, governou a Congregação de 1824 a 1832, quando foi nomeado Arcebispo de Patras, sendo substituído no ofício pelo Pe. Camilo Ripoli.
Padre Cocle era muito apreciado tanto pela família real de Nápoles como também nos círculos da Santa Sé, especialmente por suas habilidades políticas.
Além de outras honrarias recebidas, era assistente do Papa Gregório XVI e, por causa de sua influência, foi escolhido como tutor e confessor do futuro rei Fernando II, sobre o qual teve uma influência considerável.
Ele foi um grande incentivador dos trabalhos missionários da congregação e numa carta destinada aos confrades, escrita em 29 de setembro de 1825, mostra os expressivos números desse trabalho:
“...no ano passado 86 missões e 53 exercícios foram realizados por 72 membros de nossa Congregação em 34 dioceses do reino para o imenso benefício das almas...”
Várias vezes recusou a nomeação episcopal até que finalmente foi convencido a aceitar sua nomeação como arcebispo de Patras, sendo consagrado em Nápoles, no dia 1º de novembro de 1831, na igreja de Sant'Antonio a Tarsia pelo núncio apostólico em Nápoles Luigi Amat di San Filippo e Sorso.
Numa carta escrita em 29 de outubro de 1831, o então vigário geral de Nápoles Pe. Biagio Panzuti justamente se refere a essa renúncia:
“Nosso Reitor-Mor, P. Celestino M. Cocle, tendo sido promovido à dignidade de arcebispo por petições perante o Santo Padre por nosso Real Soberano Fernando II (que Deus o faça sempre feliz), embora o mesmo tenha apresentado a renúncia formal 4 vezes da maneira que a consciência mais delicada poderia ditar... foi autorizado no dia 30 do mês passado a dispensar-se do cargo de Reitor-Mor...”
Foi Dom Celestino Cocle que, em 1849, organizou a visita pastoral do Papa Pio IX e do secretário de Estado Cardeal Giacomo Antonelli a Pagani que ainda era a casa Mãe da congregação, acompanhando pessoalmente o rei Fernando II e seu irmão, o conde Francesco de Trapani nessa visita.
Por frequentar diversos círculos sociais e religiosos, Pe. Cocle era considerado uma figura controversa, e contra ele pesavam certos comentários e anedotas, mas as acusações de ser capaz de "negócios e enganos" nunca foram comprovadas.
Em seu tempo como Arcebispo de Patras precisou enfrentar os dissabores da revolução de 1848 que atingiu várias regiões da Europa, chegando também ao reino de Nápoles.
Essa revolução tinha um forte caráter anticlerical e antieclesiástico, lutando pela Unificação Italiana e, consequentemente, pelo fim dos territórios pontifícios e pelo fim de muitos privilégios da Igreja e de seus membros.
Por causa da revolução e por sua ligação com a família real foi obrigado por um tempo a exilar-se na Ilha de Malta e, retornando do exílio, escolheu morar com seus sobrinhos em Nápoles devido às suas doenças, sendo, porém, assistido e visitado pelos confrades.
Padre Celestino Cocle faleceu em Nápoles, em 3 de março de 1857, sendo sepultado na igreja de Sant'Antonio in Tarsia, onde foi erguido um monumento sepulcral.
.:: Conheça detalhes da história da Congregação Redentorista ::.
Fonte: Instituto Histórico Redentorista
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