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Rede Oblata divulga relatório de ações na pandemia com mulheres prostituídas

A Rede Oblata é formada por religiosas da Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor que integra a Família Redentorista.

Escrito por Redentoristas

29 MAI 2021 - 06H00

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O relatório de atividades da Rede Oblata Brasil foi desenvolvido em um momento histórico. O ano de 2020 surpreendeu negativamente a humanidade com a disseminação massiva de um vírus letal.

A nova variante do coronavírus, a causa da Covid-19 , fez com que os países fossem repentinamente confrontados com um inimigo invisível, mas com o poder de desestruturar as mais variadas camadas da esfera pública e privada.

No Brasil, o cenário tornou-se desafiador porque, além dos problemas estruturais e sistêmicos, a pandemia agravou a crise econômica, social e política já enfrentada pelo país, reforçando as desigualdades e vulnerabilidades sociais da população. A acentuação da feminização da pobreza foi corroborada pelo consequente aumento do número de mulheres que entram ou regressam à prostituição.

Este novo contexto social exigiu da Rede Oblata Brasil, presente em diferentes partes do país (Belo Horizonte/MG; Juazeiro/BA; Salvador/BA; São Paulo/SP), a capacidade de se adaptar às novas formas de trabalho, por meio da criatividade e ferramentas criativas e dinâmicas para dar continuidade ao cuidado às mulheres, garantindo condições de acesso à rede de políticas sociais e outras.

Leia MaisA religiosa que evangelizou as mulheres prostituídasDesta forma, nesse relatório são apresentados os principais resultados alcançados e os avanços e desafios deste período. Vale destacar que a compilação dos dados contou com a contribuição de todas as Unidades da Rede Oblata Brasil por meio da análise de seus registros e sistematizações coletadas durante o ano de 2020.

Foi essencial neste tempo formar uma corrente solidária da sociedade em geral, com igrejas, organizações e coletivos, para a distribuição de alimentos, produtos de higiene, produtos de limpeza, roupas e máscaras. Grupos e movimentos também contribuíram fornecendo atendimento psicológico e psiquiátrico on-line gratuito.

Diante desse cenário desafiador, as Irmãs Oblatas renovam o seu propósito de dar continuidade ao trabalho de toda a rede, buscando garantir, por meio da articulação social e da advocacia política, o acesso das mulheres às políticas públicas, minimizando assim os impactos causados ​​pela pandemia. 

Em São Paulo, uma das assistidas do Projeto Antônia, em Santo Amaro, relata a importância dos atendimentos nesse período. “[O Projeto] tem feito uma grande diferença na minha vida, e nesse momento de pandemia, tem se tornado muito difícil para mim e para todas as mulheres que vivem na região, pois, a gente depende muito de alguém para dar um incentivo para dar o primeiro passo. O Projeto pelo fato de ter parceria com outros serviços tem ajudado muito, está muito devagar, mas a gente vai vencer, se Deus quiser, a gente chega lá!” , disse M.M.J. (sic). 

ATENDIMENTOS

A atuação da Rede Oblata nesse cenário ocorreu principalmente por meio do trabalho remoto e outros presenciais. Os projetos passaram a buscar metodologias de atendimento que resguardassem a saúde de funcionários e assistidas. A principal ferramenta utilizada para o contato com as mulheres foi o telefone, por meio de ligações e mensagens de WhatsApp, algo que só foi possível graças ao vínculo preexistente entre as instituições e o público.

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Irmãs com representante do Instituto de Prevenção Ivete Sangalo para atendimento às mulheres da Pastoral da Mulher, Rede Oblata em Juazeiro


Em 2020, a Rede Oblata realizou 15.215 atendimentos diversos, categorizados como acolhida (presencial e virtual), encaminhamentos à rede socioassistencial, assessorias, atendimentos psicológicos, dentre outros. Cerca de 800 mulheres foram assistidas pelos projetos Oblatas. 

:: Acesse o relatório on-line aqui. 

A Rede Oblata é formada por religiosas da Congregação das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor que integra a Família Redentorista. Conheça o trabalho das irmãs com o documentário "Uma freira entre as prostitutas", que traz o depoimento da irmã Lúcia Alves da Cunha, que teve atuação no projeto Antônia, em Santo Amaro (SP), de assistência às mulheres prostituídas. 


Fonte: Oblatassr.org

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