Notícias boas e notícias ruins nos ajudam a celebrar a semana e o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia.
Apesar do avanço do desmatamento em todo o país, o IBGE registra uma ampliação das reservas florestais no território brasileiro e o bioma que registra o maior crescimento é o da Mata Atlântica que cobria originalmente boa parte dos estados do sul e sudeste do Brasil. Em contrapartida temos outras notícias não muito favoráveis.
:: Semana do Meio Ambiente: a responsabilidade ecológica e social de cada indivíduo
Setores ligados ao agronegócio que tem lucros fabulosos e que contam com o apoio de parcela significativa de congressistas não respeitam as principais medidas de combate ao desmatamento da Amazônia.
Após alguns anos de recuo o Dia do Meio Ambiente de 2017 está sendo marcado pelo aumento da devastação da floresta devido ao desmatamento.
Hoje as queimadas são a uma das maiores geradoras de CO2 que provoca o efeito estufa.
Esta devastação, infelizmente, não acontece só na Amazônia, pois a Caatinga, vegetação típica do Nordeste já perdeu 59% da sua área original devido ao avanço do cultivo da cana de Açúcar e desertificação. Em termos de perda da cobertura original a Caatinga só perde para a Mata Atlântica, pois da cobertura original existente no nosso território sobra menos que 8%. Da Caatinga sobram 41% e a Amazônia já perdeu 18% de sua cobertura vegetal original.
Muitas vezes o desmatamento e a devastação são justificados pelo tão falado desenvolvimento sustentável, mas ele ainda é, em boa parte, um mito, pois para alcançá-lo não basta somente reduzir o desmatamento. È necessário que isto venha acompanhado de práticas sociais que favoreçam a sustentação do desenvolvimento.
Nosso país ainda tem um enorme passivo social. É preciso que avance o saneamento, o tratamento do lixo, o combate à mortalidade infantil, as elevadas taxas de homicídios entre os jovens de sexo masculino e de mortes violentas.
Na área econômica o Brasil já alcançou avanços significativos com o crescimento do PIB, o controle da inflação, a diminuição da dívida pública e o aumento da taxa de investimento. Mas isso ainda é pouco frente ao atraso social e às precárias condições de vida de boa parte de nossa população.
O desenvolvimento sustentável só será atingido quando a exploração dos recursos naturais, o direcionamento dos investimentos e as mudanças institucionais estiverem de acordo.
Tomara que a Campanha da Fraternidade de 2017 continue despertando mentes adormecidas, gerando ações de impacto na preservação do meio ambiente e levando as autoridades governamentais, apesar da crise pela qual passa o nosso país a entender a urgência de se alcançar a prática do desenvolvimento sustentável.
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