Por Redação A12 Em Redentoristas

Dom Darci José completa um ano de ordenação episcopal

Nascido em 1º de maio de 1959, em Jacutinga (MG), Dom Darci José Nicioli optou pela vida religiosa redentorista aos 13 anos de idade. Fez o ensino médio no Seminário Santo Afonso, em Aparecida, e foi ordenado padre em sua cidade natal. Logo depois, foi para Roma e cursou Teologia Dogmática no Pontifício Ateneu Santo Anselmo. De volta ao Brasil, exerceu inúmeros serviços na Província Redentorista de São Paulo. 

Foto de: Arquidiocese de Aparecida

Dom Darci, em missa no Santuário
Nacional.

De 1997 a 2005 trabalhou como Ecônomo do Santuário Nacional de Aparecida, quando idealizou a Campanha dos Devotos. Em 2005, retornou a Roma na função de Reitor da Casa Geral da Congregação do Santíssimo Redentor e do Santuário Internacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ali permanecendo por três anos. 

Em dezembro de 2008, foi nomeado reitor do Santuário Nacional. No dia 14 de novembro de 2012, o Papa Bento XVI nomeou-o bispo auxiliar da Arquidiocese de Aparecida. Sua ordenação episcopal aconteceu no dia 03 de fevereiro de 2013 no Santuário Nacional de Aparecida. O bispo ordenante foi Dom Raymundo Damasceno Assis e os co-ordenantes Dom Claudio Hummes, Cardeal emérito de São Paulo e Dom Pedro Fré, bispo emérito de Barretos/SP. 

RA - Que balanço o senhor faz de sua vida religiosa?

Dom Darci: A nomeação episcopal se dá na sequência de minha consagração religiosa, feita em 1982. Seria inconsequente dizer não à Igreja, pois na juventude eu já tinha dado o sim definitivo. O episcopado está nesta continuidade. Optei por servir na vida religiosa e no ministério sacerdotal, cuja plenitude é o episcopado. O chamado da Igreja é manifestação da vontade de Deus, é confirmação da vontade de Deus com respeito à escolha de vida que fiz. Confio o meu episcopado à Providência Divina e à intercessão da Senhora Aparecida, já que eu tive o privilégio de servir em sua casa, o maior tempo do meu ministério. 

RA – O que mudou na vida do senhor nesse ano como bispo?

Dom Darci – Mesmo sendo bispo auxiliar, o bispo tem o múnus (encargo- unção) de governo, de ensino e de santificação. Então é preciso se qualificar, se preparar melhor para estar, juntamente com Dom Damasceno, auxiliando no governo da igreja particular de Aparecida; colaborar com os padres, as pastorais, as lideranças leigas. O bispo deve também se obrigar e, isso é uma expectativa muito pessoal minha, a ser mais de Deus. Portanto, preocupar-se mais com a oração, de forma que Deus fale através do bispo, por sua atitudes, na presença que ele deve ter junto aos padres e ao povo de Deus. Há uma expectativa diferenciada dos arquidiocesanos e dos romeiros com respeito a pessoa do então Padre Darci. Agora, o Padre Darci é bispo ! E eu vejo isso como uma coisa muito gratificante. Os arquidiocesanos vêm ao encontro do bispo com muito carinho e reclamam esse mesmo carinho e atenção. O mesmo acontece com respeito aos romeiros porque eu não me distanciei do Santuário Nacional, já que o Santuário está no território da nossa arquidiocese. Eu sempre estive ligado ao Santuário e continuo esse trabalho agora como bispo. Os romeiros dizem da alegria que sentiram com a minha nomeação. E isso é muito bom. Aumentou ainda, no dia a dia, o trabalho na Cúria e na condução da administração da igreja particular de Aparecida, além do auxílio administrativo que é dado aos padres e às paróquias. Isso para mim é uma novidade, pois antes estava ligado exclusivamente a administração do Santuário Nacional. A expertise administrativa eu transferi para a arquidiocese. Aos poucos vamos encontrando caminhos para melhor servir. Toda administração de uma arquidiocese deve estar a serviço da pastoral, dos agentes leigos e dos sacerdotes. Tenho procurado estar mais próximo dos padres e dos seminaristas. Isso é fundamental, pois assim auxilio Dom Damasceno no seu pastoreio. 

RA – Que avaliação o senhor faz do seu trabalho junto a arquidiocese de Aparecida?

Dom Darci – Primeiramente o conhecimento da arquidiocese. Apesar de eu sempre ter vivido por aqui, na perspectiva do trabalho episcopal é preciso olhar com outros olhos. Tenho visto uma igreja ativa e isso é alegre surpresa. Há pastorais muito bem organizadas e funcionando, padres dedicados nas suas paróquias.... Como também me preocupa as pastorais que ainda não têm eficácia desejada. É preciso maior presença do bispo junto aos padres para animar e encorajar. Avalio que foi um período de conhecimento mútuo: conheci mais os padres, o trabalho que eles fazem, as paróquias e as pastorais. Foi também fecunda e instrutiva a convivência com Dom Damasceno. 

RA – Que projetos o senhor destacaria para 2014?

Dom Darci – Ser ainda mais presença junto às comunidades e junto aos padres. Isso conforme o plano pastoral já desenvolvido. Dom Damasceno, possivelmente, vai retomar neste ano as visitas pastorais às paróquias. Nós já chegamos a conversar sobre esse assunto e poderei auxiliá-lo. Como sabemos, ele tem muitas viagens agendadas como presidente da CNBB. Acredito que possa dar uma ajuda mais efetiva nesse sentido. Quero dentro de minhas possibilidades visitar as comunidades religiosos da nossa arquidiocese e pretendo ser presença mais constante no Santuário Arquidiocesano de Frei Galvão, em Guaratinguetá. Vamos organizar a “Campanha Missionários Frei Galvão”. Juntamente com o reitor e seu conselho começaremos esse trabalho porque é preciso angariar fundos para a construção do futuro santuário. A primeira obra a ser realizada será o Horto Frei Galvão, onde ficará a imagem do santo, abençoada pelo Papa Francisco, em julho passado.

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