Caros Confrades, Irmãs, Leigos Associados e amigos,
Hoje à noite, com a celebração da Santa Missa da Ceia do Senhor, iniciamos o Solene Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Todos os anos, somos convidados a entrar nesse mistério através da oração e da contemplação, da celebração litúrgica e do serviço àqueles que passam necessidades. Como “colaboradores, sócios e ministros de Jesus Cristo na grande obra da Redenção” (C.2) , Ele, por meio de nós, “continua a cumprir a vontade do Pai, operando a redenção do mundo” (C.52). Quão maravilhosa e privilegiada vocação é a nossa! Com alegria e esperança, digamos “sim” a esse convite com o coração cheio de gratidão.
Aproximando-nos dessas festas, é importante para nós celebrar o significado profundo da Ressurreição. Como ensina o Papa Francisco na Evangelii Gaudium (275-276), quando somos tentados a pensar que nada mudará neste mundo, temos a necessidade de recordar que Jesus triunfou sobre o pecado e a morte e que a mudança não somente é possível, mas é promessa e garantia! “A sua ressurreição não é uma coisa do passado; contém uma força de vida que penetrou no mundo. Onde parece que tudo está morto, de todos os lados tornam a aparecer os brotos da Ressurreição”. Como nos recorda as nossas Constituições, enquanto anunciamos a vida nova e eterna, devemos “ser diante dos homens sinais e testemunhas da potência da ressurreição de Cristo” (C.51).
Celebrar a Páscoa durante este Ano da Vida Consagrada, nos lembra que estamos caminhando na mesma estrada de Jesus que doou a si mesmo até a morte e se levantou vitorioso com sua Ressurreição: este é o caminho, é a “via da virgindade, da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si mesmo até a morte” (C. 50). Este é o chamado a deixar os espaços mais elevados e abrir as portas fechadas pelo medo e ir para as praças e periferias, as estradas secundárias e as cidades com uma mensagem de alegria!
“Não vos fecheis em vós mesmos, não vos deixeis asfixiar por pequenas brigas de casa, não fiqueis prisioneiros dos vossos problemas. Estes resolver-se-ão se sairdes para ajudar os outros a resolverem os seus problemas, anunciando-lhes a Boa Nova. Encontrareis a vida dando a vida, a esperança dando esperança, o amor amando. De vós espero gestos concretos de acolhimento dos refugiados, de solidariedade com os pobres, de criatividade na catequese, no anúncio do Evangelho, na iniciação à vida de oração” (Carta do Papa Francisco aos Consagrados, #4).
Durante a Vigília da Páscoa, este ano, escutaremos a história do túmulo vazio segundo o Evangelho de Marcos. Este é o primeiro testemunho da Ressurreição. Escutem as palavras do jovem que as mulheres encontraram no túmulo. Esta palavras são endereçadas a vós; elas são endereçadas a mim, a cada um de nós: “Não tenhais medo. Buscais Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Ele ressuscitou, já não está aqui. Eis o lugar onde o depositaram. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vos precede na Galiléia. Lá o vereis como vos disse” (Mc 16,6-8).
Vamos à Galiléia – nas ruas e nas praças, nas periferias e nas cidades – para encontrar o Senhor Ressuscitado. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” (EG #1).Citando Papa Francisco: “onde estão os religiosos, ai está a alegria”.
Com esse espírito de encontro, desejo a vocês a alegria, a vida e a esperança da Páscoa! Com Maria, nossa Mãe do Perpétuo Socorro, com Santo Afonso e todos os Santos, Beatos e Mártires, com todos eles e com os pobres e abandonados, anunciamos com as nossas vozes e as nossas vidas: “Ele não está morto. Ressuscitou. Nós encontramos o Senhor. Ele vive!”.
O irmão no Redentor,
Michael Brehl, C.Ss.R.
Superior Geral
Tradução: P. Rafael Vieira, CSsR
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