Por Redação A12 Em Redentoristas

Padre Michael Brehl enaltece papel dos missionários brasileiros na Congregação

O Jornal Santuário conversou com o Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, o missionário redentorista canadense padre Michael Brehl. Padre Michael atendeu a reportagem em passagem por Campo Grande (MS).

Ele falou sobre diversos assuntos, como a reestruturação da Congregação e o importante papel dos missionários brasileiros ante o trabalho de evangelização promovido pelos redentoristas em todo o mundo. O religioso também citou a fundamental participação dos leigos redentoristas nas missões populares, não só rezando, mas principalmente unindo forças com os padres e irmãos para levar a Boa-Nova a muitas comunidades.

Padre Michael Brehl

Jornal Santuário de Aparecida – Como é ocupar o mais alto cargo dos redentoristas no mundo?
Padre Michael Brehl – É um grande privilégio ser o Superior Geral da Congregação, por se tratar de um ato da Conferência de meus confrades redentoristas que me pediram que assumisse esse cargo. Realmente, o suporte, o amor e todo o auxílio que tenho recebido tornaram possível a realização desse trabalho. Sinto-me muito bem pelo fato de meus confrades estarem comigo nessa caminhada.

JS – Como corre o processo de reestruturação da Congregação Redentorista no mundo?
Padre Michael – O processo de reestruturação é lento. Mas, como somos uma congregação com membros no mundo todo, isso não é surpresa. Afinal, leva muito tempo para colhermos os frutos desse trabalho. Precisamos nos reestruturar e estamos trabalhando para isso. Porém, é necessária grande colaboração entre os redentoristas de diferentes países, vindos de diferentes partes do mundo.

 

"A contribuição do Brasil para a reestruturação da Congregação é imensa, porque são muitos dons e talentos. Uma delas é no campo da teologia...". 

JS – Que contribuição o Brasil tem dado a essa reestruturação?
Padre Michael – É importante dizer há mais missionários redentoristas brasileiros na Congregação do que em qualquer outro país. Há brasileiros trabalhando em diferentes partes do mundo, como Estados Unidos, Roma, Suriname, entre outros países, em missão. A contribuição do Brasil para a reestruturação da Congregação é imensa, porque são muitos dons e talentos. Uma delas é no campo da teologia. Temos muitos brasileiros ensinando teologia, tanto no Brasil como em outros países. Outra contribuição é na área de liturgia e da música. Outro destaque é a área de comunicação, onde temos exemplos como a Rede Aparecida de Comunicação, o Divino Pai Eterno e emissoras de rádio em Coari, Manaus, Bahia e diferentes províncias redentoristas. Há também os jornais, publicações e livros. Penso que o Brasil está mostrando como proclamar o Evangelho, através de modernas técnicas de comunicação. E isso é muito importante. E, claro, a contribuição à Congregação no trabalho nos santuários. Temos Bom Jesus da Lapa (BA), Aparecida (SP), Divino Pai Eterno (GO) e todos os santuários de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro como Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Belém (PA), Manaus (AM), Teresina (PI) e Fortaleza (CE). Provavelmente esqueci algum e peço desculpas se isso ocorreu. Temos ainda uma rica variedade de ministérios, devoções, teólogos e comunicadores. E, em todos esses aspectos os redentoristas no Brasil contribuem. Não posso esquecer dos missionários leigos, que trabalham junto com os religiosos nas missões, não apenas rezando como irmãos, mas também ajudando a evangelizar.

JS – Como avalia o papel dos santuários, de modo geral, na propagação da devoção mariana?
Padre Michael – Os santuários têm várias funções especiais. A primeira é ser um ponto de reunião de pessoas de diferentes paróquias e de diferentes partes de um país a se unir em orações e em devoção. São pontos de encontro que vão além da paróquia ou da diocese e nos fazem lembrar que pertencemos a uma grande Igreja. Os santuários marianos têm um papel especial, porque a mãe é sempre mais feliz ao reunir seus filhos, de todos os lugares. O santuário promove isso também. Nas regiões onde as pessoas não vão à Igreja todos os domingos, elas ainda vão aos santuários para praticar sua espiritualidade. Na Europa, por exemplo, onde as pessoas estão mais secularizadas, os santuários como Lourdes continuam a receber muita gente.

 

"Cada santuário tem uma mensagem. Em cada aparição, Maria vem para trazer uma mensagem de Deus, a fim de nos lembrar o grande valor de ser cristão". 

JS – Em 2017, os santuários de Aparecida e Fátima vão fazer uma comemoração conjunta. Qual sua opinião sobre isso?
Padre Michael – A história de Aparecida é muito especial. No passado, três pobres pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora. A devoção é muito forte e, por 300 anos os fiéis têm ido a Aparecida. O santuário atrai grande devoção e pessoas de todos os cantos do Brasil e do mundo. Aparecida vai celebrar 300 anos de graças. E a mensagem de Aparecida é muito simples: é o sinal do que Deus pode fazer por amor ao seu povo. Já Fátima veio em um momento muito crítico na história da Igreja da Europa. Um tempo de guerra, violência e desespero. Um tempo em que o comunismo nasceu, as pessoas negaram a fé e ocorreram assassinatos em massa. Maria veio como um sinal de que isso não era a vontade do povo de Deus. Cada santuário tem uma mensagem. Em cada aparição, Maria vem para trazer uma mensagem de Deus, a fim de nos lembrar o grande valor de ser cristão. Comemorar essas datas é uma chance de lembrar a mensagem essencial que Maria nos traz. Ela está sempre por perto para nos ajudar. E, para nós, povo de Deus, é sempre bom saber que há alguém ao nosso lado.  

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