Por Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R. Em Redentoristas Atualizada em 18 MAI 2020 - 17H49

Saiba a importância dos Capítulos Gerais para os redentoristas

Comprometer a vida incondicionalmente à causa do pobre e do abandonado, como Afonso de Ligório

A importância e a temática dos últimos capítulos realizados.

As Constituições e Estatutos foram definitivamente aprovadas em 1982. Contudo, como afirma o historiador, Pe. Francisco Chiovaro, não basta uma regra para renovar uma Congregação.

“Realmente, a crise que tem afetado a Congregação e muitos outros institutos provou que um texto não é suficiente. Nós precisamos de pessoas dispostas a comprometer suas vidas incondicionalmente à causa do pobre e do abandonado, pessoas como Afonso de Ligório, Clemente Hofbauer, João Neumann, Pedro Donders e muitos outros. Nós precisamos de santos.”

Como aconteceu com as Regras da Congregação do ano de 1764, que formataram a figura do Redentorista até a promulgação das atuais constituições, criando uma cultura congregacional, assim também trata-se de um processo histórico, que envolve várias gerações de Redentoristas, até que se consiga delinear um novo perfil do membro da Congregação, que os identifique com o carisma e os faça mais fiéis à missão herdada de Santo Afonso.

Os Capítulos Gerais, sobretudo os últimos, têm feito um esforço consistente nessa direção, a cada 6 anos, propondo a toda a Congregação um foco especial, que viabiliza a prática das atuais constituições e caracteriza o perfil do Redentorista segundo as novas propostas. É o que chamamos de tema do sexênio. Repassamos brevemente esses temas, notando que há uma certa lógica e uma certa progressividade entre os diversos temas.

O Redentorista, anunciador explícito do Evangelho:

O 19º. Capítulo Geral realizado em 1979, além de preparar o texto definitivo das Constituições e Estatutos, propôs como tema para o sexênio de 1979-1985: “O Anúncio explícito do Evangelho”. A partir desse tema, todas as unidades redentoristas deveriam rever e refazer a escolha de suas Prioridades Pastorais. A partir disso, houve em toda a Congregação um esforço para redimensionar as obras existentes e uma abertura para novas missões.

O Redentorista, anunciador explícito, profético e libertador do Evangelho aos pobres, que se deixa interpelar por eles:

No 20º. Capítulo geral realizado em 1985, o tema que se propôs à toda Congregação para o sexênio 1985-1991 aprofundou ainda mais o tema do sexênio anterior: “Anúncio explícito, profético e libertador do Evangelho aos pobres, deixando-se interpelar por eles, conforme o carisma da nossa Congregação, expresso nas Constituições 1,3,4,5 e nos Estatutos 09 e 021”.

O Redentorista, missionário de vida apostólica comunitária:

O 21º. Capítulo geral de 1991 reafirmou os temas anteriores, mas sublinhou uma dimensão fundamental para que fossem viabilizados corretamente: a Vida Apostólica Comunitária. Era preciso aprofundar “a nossa vida comunitária apostólica como uma força profética que abra novos caminhos para uma missão encarnada; para alcançá-lo, sentimos a necessidade de acentuar a coerência entre a nossa evangelização inculturada, a nossa vida comunitária e a nossa espiritualidade” (DF 11).

O Redentorista, missionário da mística da copiosa Redenção:

O 22º. Capítulo geral de 1997, também atento para que os temas anteriores se tornassem realidade na vida de todas as (Vice) Províncias, voltou a insistir sobre o tema da Espiritualidade Redentorista, que receberá um nome ao longo do sexênio: Espiritualidade da copiosa Redenção. A Mensagem final do Capítulo é muito clara:

“Decidimos que, para o próximo sexênio, a Espiritualidade deverá ser o prisma através do qual vejamos todas as dimensões de nossa vida. A Espiritualidade é ao mesmo tempo, origem e fruto da missão”.

Sem mística ou espiritualidade não existe missão. Sem mística não há motivação para perseverar na vida de dedicação missionária. Todos os temas dos sexênios anteriores e todas as propostas de abertura missionária para as urgências pastorais do mundo, sem uma vida espiritual cheia de vitalidade pessoal e comunitária, não se realizarão ou não se manterão: “Qualquer ação missionária, que não brote de um profundo compromisso com Jesus, está destinada ao fracasso”.(nn. 5-6)

O Redentorista, missionário que dá a vida pela copiosa Redenção:

Em 2003, o 23º. Capítulo geral novamente faz uma releitura dos Capítulos precedentes e procurando oferecer uma síntese de todo o caminho percorrido, oferece um lema para o próximo sexênio, que é ao mesmo tempo, um convite missionário a cada confrade: “Dar a Vida pela Copiosa Redenção!”

O Redentorista, missionário capaz de assumir a reestruturação para anunciar o Evangelho de modo sempre novo:

O 24º. Capítulo geral de 2009, consciente de todos os desafios do mundo atual nos lançou um novo lema: “Anunciar o evangelho de modo sempre novo” (S. clemente), com renovada esperança, corações renovados, estruturas renovadas para a missão”.

O tema deste sexênio propôs um desafio para todos, mas principalmente para as novas gerações, com uma renovação profunda na missionariedade do Redentorista. Veio ao encontro da convocação que Papa Francisco faz a toda a Igreja para uma saída missionária, e oferece os critérios para que os Redentoristas se deixem reestruturar.

* Observação:

O texto foi escrito para a realização do 25º Capítulo Geral de 2016, por isso não existem as considerações deste último evento. 

:: Leia aqui a mensagem do 25º Capítulo Geral

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