Por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R. Em Palavra Redentorista Atualizada em 24 JUL 2019 - 08H12

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“Comunicação, democracia e responsabilidade social”, XI Muticom – Goiânia, julho 2019.


Que os Meios de Comunicação Social (MCS), de um modo geral, têm um papel importante na sociedade brasileira, ninguém duvida. Que eles sejam um fator significativo no processo democrático, ajudando na investigação de fatos suspeitos e cobrando mais lisura de todos, especialmente da classe política, também é fato de consenso.

Por causa da ação cidadã da imprensa, os corruptos e desonestos de nosso país não têm mais sossego!

Temos no Brasil entidades de imprensa de respeito, que são sempre lembrados pelo contributo que deram e continuam dando ao nosso país. A título de exemplo, recordamos aqui a ABI, a Associação Brasileira de Imprensa, que teve um papel de destaque no processo de redemocratização do país, agindo de forma decisiva no processo das “Diretas Já” na década de 80, propondo normas e caminhos de verdadeira cidadania para todos.

Existem, entretanto, os exageros de certos veículos de imprensa na cobertura de fatos, faltando com a lisura e imparcialidade. Há o clássico exagero do sensacionalismo, com a deturpação de fatos e apresentação de distintas versões contraditórias.

Infelizmente, muitos acreditam nas informações que recebem, ajudando a espalhar boatos e desrespeito, sem usar das ferramentas do senso crítico e da comprovação.

Leia MaisÉtica e Meios de ComunicaçãoSão Francisco de Sales: Missão comunicadoraA comunicação no Documento de AparecidaHá programas de TV, publicações em jornais ou programas de Rádio que condenam pessoas sem apurar a fundo os fatos e versões. Certos veículos de comunicação mobilizam até helicópteros para acompanhar casos ou vasculhar a vida e o comportamento de pessoas mais ou menos famosas. E o que falar dos programas que dedicam horas para cobrir fatos que não mereceriam nem mesmo uns poucos minutos de atenção?

E as Redes Sociais?

Além da ação dos Meios de Comunicação tradicionais, por último chegou a Internet, que se expressa hoje, sobretudo, nas Redes Sociais. Elas são espaços mais democráticos para a circulação de informações, mas nem sempre imparciais ou verdadeiras.

As Redes Sociais infelizmente viraram um campo fértil para fake news, um campo sem dono, onde as pessoas são levadas pela emoção do momento, pela aparência ou pelo julgamento apressado.

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A verdade precisa ser apurada dando atenção aos fatos que sejam, de fato, importantes.


O turbilhão de informações recebidas não possibilita uma ação mais racional e consciente, além de favorecer, e muito, o desenvolvimento de sistemas conflitantes levando ao ódio pelo contrário ou diferente.

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A verdade precisa ser apurada dando atenção aos fatos que sejam, de fato, importantes. Não se pode querer ganhar “cinco minutos de fama” como fazem alguns profissionais da mídia aproveitando-se da fraqueza e da moral das pessoas. Órgãos ou profissionais de segunda classe prejudicam aqueles que são sérios, fazendo um trabalho com qualidade e responsabilidade em prol da coletividade.

Como cristãos, precisamos escolher os conteúdos e informações que tenham alguma coisa importante a dizer, dedicando a eles a nossa atenção. Precisamos ter responsabilidade em nosso agir e na seleção das mensagens que desejamos absorver.

Neste contexto é que podemos entender a temática escolhida na realização do XI MUTICOM - Mutirão de Comunicação que se realiza em Goiânia neste dias, do qual participam representantes da Rádio e TV Aparecida e A12 na proposta de dialogar sobre a importância e responsabilidade social dos MCS na construção da democracia em nosso país.

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