Irmão Wilibaldo, o último redentorista alemão da Província de São Paulo

Muitos são os homens que, no passado, marcaram seu nome na história da Congregação Redentorista. Padres e irmãos que trabalharam com afinco em tantas atividades e semearam os frutos que colhemos hoje.

De forma especial, recordamos a história do Irmão Wilibaldo, o último redentorista alemão que encerrou a benemérita presença dos missionários vindos da Baviera (Alemanha) na Província de São Paulo.

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Aqueles que nos precederam

Thomaz era seu nome de batismo. Nasceu em Wasserburg, na Alemanha, no dia 1º de janeiro de 1907. Emitiu seus votos religiosos em 1925. Naquele tempo, os irmãos recebiam um nome religioso, por isso tornou-se Wilibaldo.

Veio para o Brasil em 1928. Começou suas atividades em Goiânia (GO). Foi cozinheiro, hortelão, porteiro, sacristão, era um homem de muitos dons colocados à serviço dos confrades e do povo. Morou em Pindamonhangaba (SP), Araraquara (SP), Penha (SP), Aparecida (SP), Tietê (SP), Cachoeira do Sul (RS), e Porto Alegre (RS).

Comissão para o Patrimônio Histórico da Província de SP

Ir. Wilibaldo e Ir. Magnus

Era homem de oração e do trabalho, estava sempre procurando o que fazer, o que organizar, o que arrumar, ou então ficava na capela da comunidade, em longas presenças diante de Jesus Sacramentado.

No tempo de Natal, era um exímio construtor de presépios, tanto da comunidade como da igreja.

Era atencioso e caridoso com os romeiros, amável e dedicado também com os confrades, sincero e humilde, foi realmente um homem de Deus. As anotações de seu diário espiritual traçam os passos místicos que nortearam sua existência. Lá estava anotado: “Devo tornar-me um santo, custe o que custar...”. E quem com ele conviveu os últimos anos pode tranquilamente testemunhar que Irmão Wilibaldo era um santo de Deus.

Mas não foi um santo desencarnado. Tinha gênio forte. Não admitia que em sua presença se falasse mal de ninguém, fechava a cara. Mostrava também sua reprovação diante do malfeito. Mas “Wili”, como era conhecido, sabia também curtir o lado bom da convivência em comunidade: cuidava com carinho da sauna, da qual era assíduo frequentador; quando um grupo ia para a praia, lá estava ele como o cozinheiro que corria para o mar logo que houvesse uma folga. Em casa, depois do dia de trabalho e da oração, tinha também seus momentos diante da TV.

Nos últimos anos, seu coração foi enfraquecendo, o obrigando a diminuir o ritmo intenso de atividades. Esse mesmo coração parou repentinamente, por efeito de um edema pulmonar, na manhã do dia 25 de agosto de 1992, na casa das Pedrinhas, em Guaratinguetá (SP), quando se preparava para mais um dia de retiro com a comunidade. Perdia a Província um santo em suas comunidades para ganhar um confrade no céu!

Irmão Wilibaldo foi o último redentorista alemão que encerrou a benemérita presença missionária vinda da Baviera para a unidade de São Paulo.

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Fonte: Aqueles que nos precederam, Pe. Víctor Hugo. Fotos: Comissão para o Patrimônio Histórico da Província de São Paulo