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Os desafios da Missão junto aos migrantes

Fazer ressoar a resposta Eis-me aqui ao serviço da vida e dignidade dos migrantes

Escrito por Secretariado Vocacional Redentorista

14 OUT 2022 - 10H20 (Atualizada em 14 OUT 2022 - 14H20)

arquivo pessoal

Em toda vocação, sempre há o chamado e resposta dada com generosidade “Eis-me aqui”, que empreende um caminho que está sempre sob a promessa da fidelidade de Deus.

Acompanhe o texto escrito pela Irmã Rosa Maria Zanchin:

Entrei na casa de formação das Irmãs Missionarias de São Carlos Borromeo - Scalabrinianas aos 11 anos de idade. Era o meu sonho ser irmã religiosa e missionária. Na etapa de formação e na vida religiosa encontrei muitas dificuldades, mas também muita força de vontade, apoio e incentivo da minha família e me dediquei ao estudo, oração e discernimento da vontade de Deus.

Leia MaisCineasta lança documentário sobre a crise dos refugiados no mundoA migração levou também à conhecer D. João B. Scalabrini, Bispo de Piacenza, fundador da Congregação, o qual deixou o legado “o serviço dos migrantes e aos mais vulneráveis”, após a sua experiência vivenciada na realidade dos migrantes italianos, que partiam em busca de uma vida melhor nas Américas, no final do século XIX e perpassando ao século XXI ate nossos dias.

“O fio condutor da minha vocação, foi o encontro e o reencontro com Jesus Cristo. Experimentar seu amor, sua força de libertação e sua salvação. Entendi que a partir de minha consagração fui chamada a testemunhar a paixão e, na compaixão pela vida doada aos outros em situação de vulnerabilidade, conforme o conhecimento adquirido n o CARISMA aos migrantes e refugiados. Ao celebrar 45 anos de vida religiosa consagrada, tendo feito um caminho rico de ação missionaria com os migrantes. Dei um passo motivado na vocação do profeta Jeremias (Jer. 1,7-9)". 

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Coração Missionário - Dia mundial das Missões


A terra para o migrante é a pátria que lhe dá o pão, afirmava o Santo João Batista Scalabrini. Da mesma forma, buscamos ser a presença do Cristo Peregrino, na escuta aos clamores do povo, dos jovens, dos menos favorecidos segundo a prática do Evangelho.

A migração nos últimos anos representa desafios para a Europa, no sul da Itália região da Sicília, onde me encontro em missão, chegam milhares de migrantes pelo Mar Mediterrâneo, na ilha de Lampedusa. Atualmente, chegam menos navios aos portos do sul da Itália, porque o Governo deste país bloqueia ao longo do mar a entrada de migrantes e de requerentes de refúgio. Por outro lado, há um grande número de migrantes chegando.

Segundo os últimos dados do Ministério do Interior Italiano, que fotografa o número de migrantes desembarcados no ano em curso, mostra que entre 01 de janeiro a 05 de setembro de 2022, chegaram oficialmente 61.527 pessoas. No dia 13 de agosto, por exemplo chegaram mais de 1.439 refugiados pelo mar Mediterrâneo.

Ali, estão as Irmãs missionárias Scalabrinianas, para acolher e ajudar aos imigrantes nas suas primeiras necessidades. Interpeladas pelo carisma de viver a acolhida e a solidariedade, assumir a Itinerância apostólica sendo “migrante com os migrantes” e a testemunhar a comunhão na diversidade. Com este espírito de presença como irmã, juntamente com os leigos, voluntários, agentes, migrantes, imigrantes, refugiados, parceiros, organizações comunitárias e organismos para migrantes das dioceses, exercemos a missão da acolhida, prover sua documentação, acompanhar nas casas de a  hospedagem, ensino da língua italiana, propor a integração com a comunidade de chegada ou encontrar trabalho quando é possível.

arquivo pessoal
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Irmã Rosa em seu campo missionário


Para nosso Santo Scalabrini, ”pai dos migrantes” para a Igreja, deixamos este apelo: “onde a Igreja sofre, nós devemos ser este Cristo peregrino de Esperança”. Fazer esta travessia implica arriscar, ter ousadia, não ter medo de caminhar, pois Deus está a nossa frente, ele vai antes de nossa zona de conforto.

Os desafios que encontramos junto aos migrantes provenientes de várias partes do mundo e a diferença de cultura, nos une a poder encontrar uma vida melhor, embora sabemos pagam um preço muito alto. Portanto, a nossa presença deve ser uma presença solidária de esperança e de vida do Cristo Migrante que caminha com a humanidade, “não se trata apenas de migrantes: trata-se da nossa humanidade” .


Rosa Maria Zanchin, 

Irmã Missionária de São Carlos Borromeo - Scalabrinianas                                                                                                                                                                                                                                                                                                         




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