Santuário celebra o Filho de Deus no Domingo de Ramos

“Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus havia expirado, disse: ‘Na verdade, este homem era Filho de Deus!’” (Mc 15, 39)

O momento mais importante para a fé católica em todo mundo teve início neste Domingo de Ramos: a celebração da Semana Santa, período especial na liturgia, quando os cristãos têm a oportunidade de refletir e viver o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

E milhares de fiéis estiveram no Santuário Nacional de Aparecida para celebrarem a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Em entrevista ao portal A12, Padre Ferdinando Mancílio, C.Ss.R., prefeito de Igreja, falou da importância em pedir a intercessão de Nossa Senhora no início da Semana Maior.

“O cristão só pode caminhar com Nossa Senhora, porque se eu deixar Nossa Senhora eu deixo de fato de ser cristão. A gente precisa tomar consciência Porque sem Nossa Senhora eu não tenho o Cristo, né? Eu não tenho a Igreja e assim por diante. Seja aqui em Aparecida ou na sua comunidade, não deixe de participar! Porque Nossa Senhora está presente desde o nascimento até, digamos popularmente, o último suspiro de Cristo lá na Cruz. Aliás, lá no alto da cruz se dá a segunda anunciação. A primeira foi a Maria pelo anjo Gabriel, mas agora lá no Calvário o próprio Cristo quem faz a segunda anunciação”.

João Pedro Oliveira - A12

Antes da celebração, Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida, falou ao A12 da lição que aprendemos neste Domingo de Ramos.

“Feliz Semana Santa para todos nós e antecipada festa de Páscoa! Vamos caminhar então com Jesus na direção a Jerusalém, porque Ele é Rei! E vamos com nossos ramos proclamar a nossa fé e com as vestes no chão nós prostrarmos aos pés de Jesus, nosso Rei. E, claro, esse início da Semana Santa, que é o Domingo de Ramos, são as grandes, profundas manifestações e provas do amor de Deus por nós. Hoje, por exemplo, cantamos o 'Hosana' e, ao mesmo tempo, vamos ouvir o 'Crucifica-o', isso acontece muito em nossas vidas também”.

Neste domingo (24), pela intercessão da Mãe Aparecida, a celebração da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo foi iniciada no Santuário com a tradicional bênção dos ramos e da procissão, quando os devotos de Nossa Senhora se dirigiram até o Altar Central cantando os louvores ao Rei Jesus, entoados pelo coral do Santuário Nacional e os músicos do PEMSA (Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida).

Após a proclamação da Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (Mc 15, 1-39) na homilia da Santa Missa, o Arcebispo enfatizou que nesse início de Semana Santa devemos correr sempre ao encontro de Jesus, seguindo os passos do Senhor.

“Jesus precisa entrar nas grandes metrópoles, e o que fazer ao ver Jesus entrar? Vamos deixar Jesus entrar no nosso coração, porque se não, a Semana Santa será apenas uma liturgia vazia! Devemos entrar na Paixão, na Palavra e em nós mesmos. Entrar nas casas dos crucificados! Será que abrimos as portas de casa e do coração para aqueles que representam Jesus? Se vem um pobre em casa não abrimos a porta, a porta é fechada pelo ódio e deixamos de praticar a amizade social”.

João Pedro Oliveira - A12

Ao fim de reflexão, Dom Orlando orienta que precisamos entrar nas profundezas espirituais da Semana Maior a partir da humildade e do reconhecimento de Jesus como Filho de Deus.

“Os ramos são proclamação profunda da nossa fé, fé em Jesus vivo, que começa sua Paixão caminhando para morte sem medo! Será que eu acredito na ressurreição após a minha morte? É muito profunda essa celebração! Jesus inteiramente, crendo na ressurreição, confiando no Pai, abraça a Paixão, abraça a morte! Jesus se prostrou até o chão, precisamos ter o pé no chão para confessar nossos pecados e nos levantar do chão, para a ressurreição!

Assim como o jumentinho, somos portadores de Cristo e precisamos dessa humildade! Jesus não entra com carros armados, entra com a força da humildade! Assim como Cirineu, devemos carregar a cruz dos crucificados! E por último, devemos confessar nossa fé como o oficial romano, com o coração, lábios e todo o nosso ser, proclamar e acreditar que este crucificado, rejeito e zombado é o Filho de Deus!”.

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