Dom Orlando: "O cotidiano da vida deve ser uma experiência com o Ressuscitado"

A Santa Missa deste 3º Domingo do Tempo Pascal (18), celebrada no Altar Central, às 8h, recebeu a 18ª Romaria Nacional dos Escoteiros, sendo, pelo segundo ano consecutivo, celebrada de forma virtual por escoteiros de todo o Brasil, em razão das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

A celebração, ao contrário das semanas anteriores, pôde contar com a presença de alguns fiéis na assembleia, em razão da flexibilização determinada pela nova fase de transição do Plano São Paulo de enfrentamento à Covid-19 no Estado paulista, onde está localizado o Santuário Nacional. Os escoteiros de todo o Brasil puderam acompanhar a celebração e manifestar a sua fé e agradecimento à Mãe Aparecida por meio da Rede Aparecida de Comunicação.

A romaria acontece, anualmente, para celebrar o Dia Mundial dos Escoteiros, comemorado no dia 23 de abril. Em anos anteriores, o evento chegou a reunir cerca de 2 mil escoteiros, vindos das diversas regiões do País. A realização do evento é da Diretoria Executiva Nacional dos Escoteiros do Brasil, com supervisão do Coordenador da Equipe Católica Nacional.

Reprodução: YouTube TV Aparecida

Dom Paulo Alves Romão, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Referencial para o Escotismo da CNBB

Sob a presidência do Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, e concelebrada pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Referencial para o Escotismo da CNBB, Dom Paulo Alves Romão, a celebração contou também com diversos missionários redentoristas, entre eles os neodiáconos ordenados na noite de ontem. (Reveja aqui os melhores momentos da celebração).

Homilia

Em sua reflexão, Dom Orlando ressaltou a importância de fazer, verdadeiramente, uma experiência com Jesus Ressuscitado em cada celebração Eucarística.

Retomando a Liturgia da Palavra, o Arcebispo destacou a experiência de Pedro com a Ressurreição: “Agora, é um novo Pedro. Será que eu e você também fizemos essa experiência? Deus ressuscitou aquele que foi rejeitado, ressuscitou um inocente!”. (cf. At 3,13-15.17-19)

Leia MaisO que aprender com a arte do livro da Novena e Festa da Padroeira 2021A seguir, explicou como cada um de nós pode fazer a mesma experiência:

“Querem fazer a experiência da Páscoa que não seja só falatório e teoria? Arrependei-vos de vossos pecados! Eis o que é Páscoa: mudar do pecado para a graça. Páscoa é pra mudar de vida! E se é uma celebração, não pode ser um rito somente; tem que ser uma experiência viva com o Ressuscitado, na Palavra e na Eucaristia!”, exortou.

O alerta de Dom Orlando não é sem razão. No Regina Coeli deste domingo, o Papa Francisco tocou neste mesmo ponto (leia aqui). “Jesus não é um "fantasma", mas uma Pessoa viva. Ser cristãos não é antes de tudo uma doutrina ou um ideal moral, é uma relação viva com Ele, com o Senhor Ressuscitado”, disse o Pontífice.

O bispo, então, continuou sua reflexão acerca da Liturgia da Palavra: “Guardai os mandamentos do amor de Deus, diz a Segunda Leitura (1 Jo 2,1-5a). Se nós os vivemos, estamos encontrando o Ressuscitado. Na Assembleia Geral da CNBB, realizada nesta semana, o tema foi o encontro de Jesus nas Escrituras. Vamos conversar com Jesus nas Escrituras, guardando Seus mandamentos!”, lembrou.

Dom Orlando disse, também, que “Jesus Ressuscitado no Céu é o Grande Intercessor e Defensor, que ainda no Céu, expiando nossos pecados”.

Ressurreição é morrer ao pecado e viver para a graça de Deus!

Reforçando ainda mais a mensagem de conversão do Evangelho de hoje, Dom Orlando disse que “Jesus encontra dificuldades de crer entre os discípulos. ‘Vai tudo acabar com a morte, vamos viver da reencarnação? Não, da ressurreição!’ Jesus ajuda e mostra suas chagas gloriosas. ‘Não sou um fantasma, eu sou aquele que morreu e ressuscitou’” (ref. Lc 24, 35-48).

O arcebispo lembrou também de outra passagem bíblica: ‘Nós apalpamos o Verbo da Vida!’ (1 João 1,1) “Esse toque tem que ser forte, uma experiência. Não vivemos de palavras e ritos, vivemos de experiências”, disse.

A Ressurreição presente no cotidiano

Dom Orlando, assim como nas semanas anteriores, refletiu sobre a vivência da Ressurreição no cotidiano da vida de cada um de nós: “A refeição, cada missa é a festa da Ressurreição. Tudo isso aconteceu porque estava nas Escrituras. Não vamos mais duvidar da Ressurreição, que foi predita desde o profeta Daniel. Era necessário que fosse assim”, destacou.

E prosseguiu, com exemplos:

“Converter-se, pedir perdão dos pecados: o mesmo conselho é visto nas três leituras de hoje. Mas não é uma coisa pesada, é uma alegria. Por isso o confessionário é um Tabor, a Sua luz cruza as trevas do mal. Tudo o que fazemos a favor da vida é Ressurreição: plantar uma árvore, dar um copo de água a alguém, uma cesta básica, o que fazemos nas nossas pastorais... Levamos a alegria, um olhar, um sorriso, um elogio. Isso é Ressurreição, pois estamos manifestando esta alegria. Principalmente quando fazemos gestos de fraternidade. Tudo que faz a gente se reconciliar é experiência de Ressurreição”, concluiu.

Na Oração da Comunidade, o pedido também foi para que Deus nos faça testemunhas da Ressureição, com abertura ao Evangelho, que é instrumento de transformação da sociedade.

Reprodução: YouTube TV Aparecida

Ao final da celebração, a Consagração à Nossa Senhora Aparecida foi conduzida pelo neodiácono Jonas Pádua, C.Ss.R. Dom Orlando rezou, pedindo por mais vocações religiosas vindas dos escoteiros de todo o Brasil: "Que do meio de vocês possam surgir vocações sacerdotais e vocações femininas, principalmente".

Confira a íntegra da celebração no vídeo abaixo:

- YouTube do Santuário de Aparecida

- Facebook do Santuário de Aparecida

- Aplicativo Aparecida

- TV Aparecida

- TV ao Vivo no A12

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