Em unidade, fiéis da Arquidiocese de Aparecida e devotos de todo o Brasil, presentes no Santuário Nacional neste domingo (28), participaram da Missa de Encerramento do Ano Jubilar, em nível Diocesano.
A celebração eucarística foi realizada no Altar Central do Santuário, que neste ano foi declarado Igreja Jubilar, presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, e concelebrada por sacerdotes e todo povo de Deus.
No início da celebração, após a procissão das famílias da Pastoral Família, ECC e ENS, carregando a Cruz Jubilar, Dom Orlando se questionou e questionou também a todos os presentes:
“Será que eu abracei a minha cruz nesse ano santo? Será que eu fui Cirineu de alguém?”
Na cruz encontramos Jesus Cristo, caminho, verdade, vida, fonte de nossa esperança.
Neste Ano Santo, fomos convidados a voltar o nosso olhar e coração à Sagrada Escritura. Nesta celebração, que também nos recorda a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, acolhemos a Palavra de Deus, entronizada por agentes das Pastorais Sociais.
Nós que procuramos refúgio n’Ele, encontramos grande estímulo agarrando-nos à esperança proposta. (Heb 6, 18)
Ao iniciar sua reflexão, Dom Orlando lembrou sobre a escolha da data do encerramento do Ano Santo, feita pelo saudoso Papa Francisco, que coincidiu com o dia da Sagrada Família.
"Sabe por quê? É porque a Esperança e a Santidade não têm ocaso. E quando ele criou o Sínodo sobre a Sinodalidade, foi para a gente ser família, para que o mundo seja uma família, eu interpreto assim: o Ano Santo que se encerra é um poente, mas o nascente é a sinodalidade.”
O Arcebispo de Aparecida se posicionou próximo à imagem do Menino Jesus e do Crucificado, nos convidando a refletir o que essas imagens representam em nossa caminhada cristã.
“Vamos perseverar na peregrinação da Esperança. Eu e vocês, precisamos peregrinar mais. Para onde? Para o nosso interior. A gente tem medo das nossas sombras, das nossas feridas e é necessário, em nome das feridas de Jesus, fazermos esta peregrinação interior, para a cura de nossas feridas. Sem curar feridas, não temos esperança nenhuma.”
Ele também lembrou que é preciso sermos cristãos de forma verdadeira, e isso implica em fraternidade, em irmos ao encontro daqueles que precisam, e a caminharmos juntos como a verdadeira Igreja de Cristo.
“Outra peregrinação, aquela para o irmão, para a reconciliação, para o perdão; mais importante do que vir de cidades para catedrais e igrejas atrás das indulgências, é esta peregrinação da fraternidade. Nossa religião tem que abraçar o irmão, peregrinar também nas casas dos vizinhos e lá, então, o formar grupos bíblicos, porque lá está a Igreja doméstica.”
Dom Orlando exortou:
“Que tal perseverar conscientemente na nossa peregrinação para a casa do Pai, a Jerusalém Celeste, que é a esperança das esperanças? E então sempre seremos Peregrinos da Esperança.”
A Igreja Católica viveu um Ano Santo de busca pela proximidade com Deus, de reflexão da Sagrada Escritura, da reconciliação e da busca pela santidade e, chegando ao final dele, é preciso entender, que precisamos continuar seguindo esta peregrinação da Esperança.
“A santidade não desaparece, pelo contrário, o Ano Santo nos incentivou à santidade, no cotidiano, no agora, nesse instante, se não a gente não ama nunca, tem que amar no instante que me é dado, no minuto que me é dado, no agora que me é dado, e isso é santidade, no agora, no hoje, porque diz o Papa Leão XIV: Esta é a hora do amor fraterno”, disse o arcebispo.
Na bula para o Ano Santo, o então Santo Padre, o Papa Francisco, nos deixou sete sinais de Esperança para nos guiar durante o Jubileu. Apelos pela paz, em favor dos presos, doentes, idosos, migrantes, pobres e jovens e pela vida.
“Não vamos esquecer das sete esperanças que o Papa Francisco nos deixou, e eu tenho minhas dúvidas se eu e vocês lembramos dessas sete esperanças", afirmou Dom Orlando.
Caminhando para o final de sua homilia, o arcebispo recordou seu recente encontro com o Santo Padre, Papa Leão XIV, e afirmou:
“Papa Leão quer uma Igreja que faça pontes, uma Igreja de braços abertos ao mundo, uma Igreja fermento de concórdia, reconciliação e fraternidade. Ele entende a Igreja como uma comunidade de amigos.”
E finalizou pedindo as bênçãos de Deus, para que possamos seguir como peregrinos da Esperança que não decepciona:
“Que tenhamos, Menino Jesus, Cristo Crucificado, novos mapas da Esperança”
Ao final da celebração que marca o encerramento do Ano Santo em nível Diocesano, acolhemos a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que nos convida a refletir o exemplo de Maria como testemunha mais elevada da Esperança, vendo a Esperança não como otimismo, mas sim, como dom de graça.
Antes de agradecer e encerrar a celebração, Dom Orlando convidou os fiéis a cantarem juntos “Noite feliz”, lembrando que ainda estamos vivendo o Tempo do Natal, e por isso, não devemos esquecer que Jesus nasceu em nossos corações.
Que o Ano Santo que se encerra continue ressoando em nossa missão como cristãos de sermos sinais de esperança para o mundo.
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