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Sete palavras de Cristo na Cruz serão meditadas em Aparecida

Entenda a importância de um dos momentos de oração mais importantes durante a Sexta-Feira Santa

Escrito por Alberto Andrade

16 ABR 2025 - 14H18 (Atualizada em 17 ABR 2025 - 10H57)

Ana Clara Coelho/ A12

É uma grande tradição, na Semana Santa, o Sermão das sete Palavras ser pronunciado com grande solenidade em algumas comunidades e Igrejas.

Enquanto esteve na Cruz até o último suspiro, Cristo diz algumas frases. Essas palavras ficaram marcadas, como muitas que Jesus falou durante a vida e, em toda Semana Santa, nós meditamos sobre elas.

As sete palavras de Cristo na Cruz podem ser meditadas todos os dias, mas em especial na própria Sexta-Feira da Paixão.

Cristo cumpriu sua missão plenamente com fidelidade a Deus Pai até o fim. Suas últimas palavras deixam claro quem Ele é e sua missão entre nós: ser nosso Redentor. Estudando e orando profundamente essas sentenças, nos encantamos com tamanho amor de um Deus por nós.

Quem poderá negar que Ele nos amou até o fim? Só quem é presunçoso e orgulhoso, chagas terríveis do ser humano, não pode reconhecer mistério de amor tão inefável e tão presente entre nós.

Aprendemos ainda nestas sete últimas palavras de Jesus, o quanto ainda se volta para nós, e deseja nos servir em seu amor. Só quem ama pode servir e amar, mesmo no meio da dor. Confira!

  • “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” (Lc 23,34)
  • “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43)
  • “Mulher, eis aí o teu filho; filho eis aí a tua mãe” (Jo 19,26).
  • “Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste”? (Mt 27, 46).
  • “Tenho sede” (Jo 19,28).
  • “Tudo está consumado” (Jo 19,30).
  • “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito” (Lc 23,46).
Andreza Galvão/A12
Andreza Galvão/A12


Esta importante celebração irá acontecer aqui no Santuário de Aparecida, nesta sexta-feira da Paixão (18) às 12h no Altar Central. E como preparação e reflexão deste momento de dor e sofrimento, entrevistamos o missionário redentorista, Padre Rosivaldo Motta, que estará a frente do momento oracional.

Ele nos diz a razão do Sermão das Sete Palavras ser tão essencial para nossa fé nesta Semana Maior.

Andreza Galvão/A12
Andreza Galvão/A12


O número sete na Bíblia representa a plenitude, a perfeição. A Bíblia começa e termina tendo o número sete como referência. O mundo criado em sete dias, os sete sacramentos para a nossa salvação, os sete dons do Espírito Santo e o último livro da Bíblia, o Apocalipse, conclui trazendo as sete igrejas.

O sentido do número sete na Bíblia é para nos alertar que tudo o que Deus cria é para chegar à perfeição. Nesse sentido, vem aí a importância das sete palavras de Cristo, fechando a sua missão entre nós de forma perfeita, ainda que nos momentos finais a fraqueza humana o tenha tentado, quando ele disse: 'Pai, afasta de mim esse cálice' e ainda 'Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?'. Vejo a importância das palavras de Jesus como incentivo a todos nós quando nos sentimos fracos, impotentes, angustiados, ver que Cristo, mesmo sendo Deus, no seu lado humano passou por isso, mas venceu! E nós estando com Ele, podemos vencer também nossas dificuldades e desafios”.

Ana Clara Coelho/ A12
Ana Clara Coelho/ A12


Para o A12, o atual diretor da Academia Marial de Aparecida também nos respondeu quais palavras de Cristo são as mais relevantes para praticar em nosso cotidiano com as pessoas.

“Das sete frases de Jesus, eu destaco três como as mais importantes. A primeira, 'Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem'. E a segunda, 'Ainda hoje estarás comigo no Paraíso'. Na primeira, Jesus fala da importância do perdão e na segunda, ele perdoa o ladrão Dimas, que está ao seu lado, crucificado. Isso mostra que o perdão de Jesus não é da boca para fora, mas de coração.

E também ressalto a terceira palavra, Jesus fala para sua mãe: 'Mulher, eis aí o teu filho' e para João, 'Eis aí a tua mãe'.

Jesus demonstra amor para com a sua mãe, ao mesmo tempo ele confirma a importância de Maria como mãe da humanidade, quando diz que João passa a ser seu filho. João, naquele momento, representa todos nós e toda a humanidade, que essa importância de Nossa Senhora como mãe não seja apenas no lado divino, mas também tenhamos Maria, mulher como referência.

Maria de Nazaré, esposa de São José, mulher simples, trabalhadora, que lavou roupa de bebê, que preparou alimentos em fogão de lenha, que pisou no chão da realidade e enfrentou sozinha, após a morte de José, a dureza de acompanhar as injustiças que fizeram com seu filho. Portanto, que essa mulher guerreira, sirva de referência para enfrentarmos as dificuldades da vida de hoje”

E com as palavras do sacerdote, refletimos que se ao final da nossa vida, quando não mais suportarmos as dores terrenas, possamos também entregar a Deus nosso espírito, e sermos acolhidos por Ele na eternidade e receber o alívio de nossas dores.

A Cruz é expressão da máxima compaixão e comunhão com Jesus e com os sofredores e aponta para Aquele que foi fiel ao Pai e ao Reino. Vamos guardar em nosso coração as Sete palavras de Cristo. E que da Cruz possamos chegar à glória eterna, ao lado de Deus.

.:: Confira aqui a programação completa das celebrações da Paixão de Cristo no Santuário Nacional

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