Por Pe. José Grzywacz, C.Ss.R. Em Artigos Atualizada em 30 JUN 2020 - 15H47

Magnificat dos séculos

Shutterstock-Por Renata Sedmakova
Shutterstock-Por Renata Sedmakova

”No futuro, não serão os estudiosos que vão falar de Maria,
mas testemunhas para os quais Ela é o modelo (inspiração) na realização do Reino de Deus”.¹

O culto mariano (a devoção a Nossa Senhora) quando corretamente entendido e praticado, se torna um itinerário favorável ao crescimento espiritual dos fiéis.²  Não pode haver vida cristã autêntica que não seja também mariana. Regra que vale para todos e para todos os tempos.

Assim escreveu o Papa João Paulo II na sua carta encíclica -Redemptoris Mater- sobre a Bem-aventurada Virgem Maria na vida da Igreja que está a caminho:

“É verdade que «todas as gerações a chamarão bem-aventurada» (cf. Lc 1, 48), e aquela mulher anônima (Lc 11,27) foi a primeira a confirmar, sem disso ter consciência, aquele versículo profético do Magnificat de Maria e a dar início ao Magnificat dos séculos”.³

Podemos afirmar que o Magnificat continua a ser cantado ainda hoje na Igreja, mostrando toda a sua atualidade e força. E será cantado “de geração em geração”. Hoje, no início do século XXI, todos nós somos da geração de Maria. Confirma isso a letra do canto do padre Antonio Maria: “Todas as gerações vão proclamar-te santa, por isso, Maria, nossa geração te ama e também te canta. Te louvamos em teu santuário, és a causa da nossa alegria. Do perpétuo socorro, bendita, mãe das graças, mãe terna e amável”.4

No seu Cântico a Virgem Maria indica-nos dois tipos de riquezas: a material-econômica e a espiritual-ética. Diz o N. Berdiaev: “Se eu tenho fome é uma questão econômica, mas se meu irmão tem fome é uma questão religiosa. A fome do pobre é um problema material, social, espiritual, moral e mesmo teológico".6

Agora, é a hora! Agora, é a nossa vez!Leia MaisA espiritualidade mariana no MagnificatO quê o Magnificat pode nos revelar sobre Maria?

Sejamos devotos nas práticas de devoção, no profundo conhecimento bíblico da missão de Maria na vida de Jesus e na vida da Igreja e façamos acontecer na nossa vida concreta (pessoal, eclesial e social) as consequências práticas da inspiração e da revolução do Magnificat.

Santo Afonso Maria de Ligório no livro “As Glórias de Maria”: “Rogo-vos, ó Maria, Mãe de meu Senhor e minha Mãe, que aceiteis este meu pobre trabalho e o desejo que tenho tido de ver-vos louvada e amada por todos”.

“Mais que intercessora, Ó Mãe do Magnificat, Vós sois a inspiradora e iluminadora no seguimento do seu Filho.”

*Esse texto faz parte do livro “Magnificat: o cântico revolucionário de Maria, a mãe de Jesus” a ser editado pela editora Paulus.

Mais em www.mariologiapopular.blogspot.com

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1 ABRAMEK, Rufin Józef. Reitor do santuário em Czestochowa nos anos 1984-1990.
2 GAMBERO, L. Dicionário de Mariologia (org. Stefano di Fiores), São Paulo, Paulus, 1995, p. 369.
3 REDEMPTORIS MATER, João Paulo II, número 20.
4 MARIA, Antonio. Sacerdote católico e cantor brasileiro. 5 BERDIAEV, Nikolai. (1874 — 1948) foi um religioso e filósofo político russo.
6 BOFF, Lina. Mariologia. Interpretações para a vida e para a fé, Petrópolis, Vozes, 2007, p. 81.

Fonte: www.mariologiapopular.blogspot.com

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