Os padres do deserto reconheceram que as perseguições e o martírio na Igreja acabaram com o Edito de Milão (ano 313). O martírio dos cristãos é o que mais conduziu os pagãos a buscar a fé cristã e o batismo. Mas a Igreja agora precisou de um novo sinal de radicalidade na fé. Precisou de uma nova profecia de martírio.
Leia MaisConsagrar-se é fazer da vida algo sagradoOs padres do deserto escreveram que a vida consagrada é um martírio lento e, assim, a vida religiosa passou a ser o novo sinal de radicalidade de amor na Igreja.
A reflexão deles foi baseada no sacrifício do holocausto do Antigo Testamento. No sacrifício do holocausto, a vítima oferecida foi totalmente destruída pelo fogo e mudou-se em fumaça, que subiu até o trono de Deus como algo agradável. Não sobrou nada. Foi um sacrifício radical e, para os padres, isto foi uma imagem do martírio que os cristãos sofreram.

No Novo Testamento, essa mesma ideia foi apresentada por São João e São Paulo em seus escritos, que disseram que agora quem está em cima do altar como holocausto é “o Cordeiro de Deus”, que ficou totalmente destruído na Cruz e mudou-se em “fumaça”, e foi até a presença do Pai como um dom agradável.
Os padres do deserto usaram essa mesma imagem para dizer que quem agora está em cima do altar é o consagrado/a religioso/a, que livremente entra num processo de holocausto ou martírio lento.
O religioso, através de uma vida de conversão e ascese, pouco a pouco morre para o “velho homem/mulher” e se transforma em fumaça agradável ao trono de Deus. O processo vai até a morte. Fala dum processo de libertação de tudo que não deixa o consagrado viver na plenitude sua consagração.
Conclusões:
Leia MaisO Ser da Vocação ReligiosaO que a Vida Religiosa NÃO é1 – Os três elementos da palavra de consagração estão falando de um caminho de libertação para amar a Deus e ao próximo – o fim é amor – o caminho é consagração.
2 – Consagração é um projeto por toda vida – é um martírio lento, oferecendo tudo que é e faz em honra de Deus.
3 – Consagração é um meio para viver na plenitude a aliança do batismo: amar a Deus de todo seu coração e ao seu próximo.
4 - A noção de conversão contínua é essencial na vivência de consagração.
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