No dia 5 de agosto, a Igreja celebra a Dedicação da Basílica Papal de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais de Roma. A data também marca a festa de Nossa Senhora das Neves, uma tradição ligada a um episódio milagroso ocorrido no século IV.
Quando uma igreja é “dedicada”, significa que ela foi consagrada de modo definitivo ao culto divino. A celebração litúrgica da dedicação recorda o dia em que aquele espaço passou a ser casa de oração e altar do sacrifício eucarístico. No caso das basílicas papais, essa consagração tem ainda um valor especial, por serem lugares diretamente ligados ao Papa e à história da fé católica.
:: Como é o rito de dedicação de uma igreja?
O nome “Maior” refere-se ao fato de essa ser a maior e mais antiga igreja do Ocidente dedicada à Virgem Maria. Sua construção foi motivada por um milagre: segundo a tradição, em 358 d.C., durante o verão romano, caiu neve sobre a colina do Esquilino, um fato incomum para o mês de agosto.
Nossa Senhora apareceu em sonho ao Papa Libério e a um patrício chamado Giovanni, indicando o local onde desejava uma igreja em sua honra. O sinal da neve confirmou o pedido. Por isso, a festa também é chamada de Nossa Senhora das Neves.
Até hoje, durante a liturgia do dia 5 de agosto, caem pétalas brancas do teto da basílica, em memória do milagre.
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Santa Maria Maior abriga um dos ícones mais venerados de Roma: a Salus Populi Romani, ou “Salvação do Povo Romano”. O Papa Francisco tinha uma devoção especial por essa imagem. Ele costumava visitá-la antes e depois de cada viagem internacional, na confiança de que a Virgem Maria guiaria seus passos e decisões. Foi também ali que o Papa rezou após sua eleição em 2013.
Em seu testamento espiritual, Francisco expressou o desejo de ser sepultado nesta basílica, reafirmando sua ligação profunda com Maria. Sua vontade foi atendida ao ser sepultado no dia 26 de abril de 2025.
Após a morte de Francisco, o Papa Leão XIV visitou a basílica duas vezes em menos de um mês. No dia 10 de maio, apenas dois dias após ser eleito, e novamente no dia 25, após tomar posse da Cátedra de Roma. Em ambas as ocasiões, ele rezou diante da Salus Populi Romani e do túmulo de seu antecessor.
• É uma das quatro basílicas papais de Roma, junto com São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e São João de Latrão. • Para o Jubileu da Esperança de 2025, uma Porta Santa foi aberta na Basílica no dia 1º de janeiro e será fechada em 28 de dezembro. • Possui um teto com ouro das Américas, doado pelos reis católicos da Espanha. • Seu interior preserva mosaicos paleocristãos únicos, além de relíquias da manjedoura de Jesus. |
A Basílica de Santa Maria Maior é mencionada em documentos como a Constituição Apostólica Domus Ecclesiae, de João Paulo II, que recorda a importância da dedicação das igrejas como sinal de unidade e fé viva.
O Diretório sobre a piedade popular e a liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino, também recorda a devoção a Maria sob o título de Nossa Senhora das Neves.
A história da Basílica de Santa Maria Maior une uma devoção à Maria que atravessa séculos e gerações. Desde o milagre da neve até os gestos simples do Papa, de dedicar como último presente à Maria o seu corpo, a Basílica em Roma continua sendo sinal da presença materna de Maria na vida da Igreja e de seus filhos. Um lembrete de que, em qualquer estação da vida, ela continua nos acompanhando.
:: Em 2025, o Santuário Nacional comemora 45 anos de recepção do título de Basílica
Fonte: Vatican News
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