PÁGINAS DE HISTÓRIA DA IGREJA
HISTÓRIA MEDIEVAL 11
Para podermos compreender bem o que foi a Idade Média, período que abrange o tempo que vai do ano 476 ao ano 1453, portanto, do século V ao século XV, é necessário entender como a Igreja Católica se desenvolveu nesse período, uma vez que ela foi a única instituição que sobrou do falido Império Romano. Durante os 10 séculos do período que se costuma chamar de "Idade Média" foi que o poder da instituição religiosa, juntamente com a fé cristã, cresceu e expandiu-se de maneira colossal.
Os historiadores do período humanista, que coincide com o tempo do Renascimento Artístico, cultural e comercial da Europa, chamaram a Idade Média de “Idade das Trevas”, mas de trevas ela teve pouco ou quase nada.
Nos séculos em que o Império Romano foi a grande potência do mundo, a Igreja foi conquistando cada vez mais fiéis e se estruturando como instituição humana, apesar dos cristãos terem sido barbaramente perseguidos durante uns 300 anos. Justamente a força do sangue, a coragem que brotava da fé e sua alta moralidade que fez com que a Igreja se expandisse, sobretudo, quando começou o período de decadência do Império.
A partir do século IV, os cristãos foram aceitos e incorporados ao Império Romano, até então seu maior inimigo. Já nas últimas décadas do século V, antes do seu fim, o Império tornou o cristianismo a religião oficial dos romanos, proibindo outras crenças e rituais chamados de serem praticados.
A Igreja se desenvolveu tanto que se tornou “um estado dentro de outro estado”, e graças à sua eficiente administração, foi a única instituição vitoriosa à queda do Império Romano, subjugado pelos povos germânicos que foram adentrando ao Império. Ao longo da Idade Média, membros do clero e da hierarquia assumiriam funções na administração dos reinos e até mesmo do império.
A partir do século IV, com o Imperador Constantino, começaram a ser definidos os ritos cristãos pelos líderes da Igreja, mesmo que até hoje se discuta a veracidade da conversão do imperador Constantino, se ela foi verdadeira ou se não passou de uma jogada política diante do enfraquecimento global do Império.
Leia MaisVitória da Armada Cristã ajuda a propagar a Oração do RosárioA reforma gregoriana e a necessidade de reforma da IgrejaA Necessidade de Reforma na Igreja e a Ação do Papa Gregório VIINos primeiros séculos, havia cinco patriarcados espalhados pelas principais cidades do Império Romano – Alexandria, Constantinopla, Roma, Antioquia e Jerusalém. Esses patriarcados estavam em pé de igualdade; só aos poucos a Igreja de Roma foi ganhando proeminência entre eles. Isso sempre será razão de conflitos entre as principais igrejas, porque o desejo é que o Primado de Roma fosse apenas simbólico, tipo “Primus inter Pares”, e não de fato, como se tornou.
Com o estabelecimento das normas da fé cristã e com a definição de sua doutrina a partir da ação do magistério e com o efeito dos sínodos e concílios, a Igreja ganhou uma conotação de católica (que significa universal), expandindo-se por todo o orbe, mas fixando sua sede em Roma, se tornando apostólica e romana. Neste tempo que vai surgir então o conceito de Cristandade.
A partir da decadência do Império Romano, outro fator que vai levar ao seu fortalecimento como uma instituição será o fato dos membros do alto clero serem a única classe letrada de então. Ao lado das igrejas e mosteiros é que surgirão as escolas e o sistema educacional será fortemente influenciado pela escolástica, pelo menos até o desenvolvimento das universidades, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
O poder e a influência da Igreja continuarão ganhando força ao longo dos séculos seguintes, e isto se constituirá num problema, pois pessoas sem vocação religiosa serão atraídas pelos cargos da hierarquia e a Investidura Leiga, bem como as igrejas próprias serão um grande desafio, que exigiria muito trabalho para que a Igreja pudesse ser de novo purificada.
Entre os fatores que ajudam a explicar a ascendência social e política da Igreja com poder de mando sobre tudo e sobre todos, está a autoridade pontifícia, que se torna referência em todo o mundo conhecido de então. O papa será o solucionador de conflitos, o árbitro de questões e o que legitima a autoridade dos reis e príncipes.
Durante o Império Carolíngio, a partir do século VIII, a Igreja católica passou a ser beneficiada com a concessão de amplos territórios, que ajudariam a formar os estados pontifícios, que somente deixariam de existir em fins do século XIX.
O Império Carolíngio teve início com o domínio do norte da Europa pelos francos, numa política expansionista em direção a todo o continente europeu. Pepino, o Breve, que iniciou a dinastia Carolíngia, derrotando a dinastia Merovíngia - séculos VI a VIII -, conquistou terras na Península Itálica, fazendo doação ao Papa. Brotou daí a aliança dos francos com o pontificado que seria depois sacramentado pela coroação do imperador.
Poder e riqueza da Igreja Católica
A partir do século X, com a desagregação política que caracterizou a Idade Média, sem um poder centralizado no continente europeu que pudesse comandar os diversos povos que nele viviam, a Igreja Católica obteve espaço para se expandir cada vez mais. A descentralização política do feudalismo e a ruralização da economia reforçariam ainda mais a posição privilegiada da Igreja Católica, e sua influência passou a abarcar todos os campos da vida humana e social, tanto que as autoridades civis, graças à “Lei das Duas Espadas” somente obtinham reconhecimento e logo, obediência dos súditos, a partir da obediência à Igreja.
A crise do pontificado nos séculos IX e X, chamados justamente de “Séculos de Ferro do Pontificado” abalou, mas não fez por diminuir a autoridade e a força da Igreja, que chegou a capitanear os principais movimentos e forças deste tempo na convocação e realização das cruzadas, das quais foram realizadas 07 oficiais e outras tantas não oficiais.
O crescimento do poder da instituição eclesial era inconteste e as doações só faziam por aumentar seu poder e sua influência. Primeiro os monges, durante os primeiros séculos e depois as Ordens Mendicantes, na virada da Idade Média para a Idade Moderna se responsabilizaram por evangelizar a zona rural, as cidades e os novos ambientes que surgiam, como as universidades.
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