Igreja

33 anos da queda do Muro de Berlim: entenda a importância para a Igreja

“Onde há muros, há fechamento de coração”.

Escrito por Letícia Dias

09 NOV 2022 - 15H02 (Atualizada em 09 NOV 2022 - 17H07)

Christian Draghici/ Shutterstock

Neste dia 09 de novembro são celebrados 33 anos da queda do Muro de Berlim, ou seja, do fim da divisão dentro da Alemanha. De um lado, havia a República Federal da Alemanha (RFA), apoiada pelos países capitalistas, e do outro, a República Democrática Alemã (RDA), formada pelos países de regime soviético. Leia MaisO conflito entre o chamado à evangelização e a liberdade religiosa

Nesse período onde foi encerrada a Guerra Fria e o comunismo no Leste da Europa, São João Paulo II teve uma atuação fundamental.

Aliás, o Papa Francisco destacou, no ano de 2019, que São João Paulo II foi um dos protagonistas daquela época.

“Na queda do Muro de Berlim, São João Paulo II teve um papel de protagonista. Aquele Muro foi símbolo da divisão ideológica da Europa e do mundo inteiro. Onde há muros, há fechamento de corações. Precisa-se de pontes, não de muros”, afirmou o pontífice.

Em 13 de novembro de 1989, João Paulo II proferiu uma mensagem aos bispos alemães. Confira um trecho:

“Nestes dias de profundas mudanças no vosso país, sinto-me muito unido a vós e a toda a população do vosso país na solidariedade cristã. Rezo convosco a Deus para que, com a intercessão da Mãe do Senhor, se concretizem as esperanças da humanidade na justiça, na liberdade e na paz interior e exterior.

Fazei todo o possível, mesmo que sejais um pequeno rebanho, para renovar a face da terra no vosso país, com a força do Espírito de Deus, junto a todos os homens de boa vontade, unidos sobretudo aos cristãos evangélicos.”

Kutsenko Volodymyr/ Shutterstock
Kutsenko Volodymyr/ Shutterstock


Queda do Muro e a liberdade religiosa

De acordo com o padre Inácio de Medeiros, C.Ss.R., a queda do muro de Berlim possui um sentido muito sólido para a fé cristã e para a Igreja, porque nos países comunistas a fé cristã, não apenas a fé católica, mas outras profissões religiosas eram perseguidas.

“A própria Congregação Redentorista no período em que se marcou a Europa com esse regime tivemos muitos mártires, hoje conhecidos como mártires ucranianos. [Após a queda do muro] a gente vai ter um período de maior liberdade religiosa, em que a Igreja sai das catacumbas e vai poder professar livremente a sua fé”, explicou.

Padre Inácio disse que, apesar disso, em seguida, ocorreu um processo de secularização nesses países da Europa, algo que já ocorria nos países do Ocidente.

.:: Número de católicos cresceu 15,4 milhões segundo estatística da Igreja. Saiba mais!

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Letícia Dias, em Igreja

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...