Natal 2025 - Viva este momento com fé e criatividade!

Explorar Conteúdos
Por Eduardo Gois Em Igreja Atualizada em 28 AGO 2019 - 09H09

Dom Azcona fala sobre o Sínodo para Amazônia

Renan Ventura/A12
Renan Ventura/A12


A imprensa, principalmente as mídias católicas e as redes sociais, têm repercutido nos últimas dias a opinião do Bispo Emérito da Prelazia do Marajó (PA), Dom José Luiz Azcona Hermoso sobre a realização do Sínodo na Amazônia. Ele traz críticas e sugestões sobre o Instumentum Laboris (instrumento de trabalho) que é o documento que guiará a realização do sínodo que acontece em outubro deste ano.

Há que se levar em consideração várias questões sobre o assunto. Primeiro, o fato de que Dom Azcona é um profundo conhecedor da realidade amazônica, pois há 34 anos vive pessoalmente, e acompanha, desde então, a vida das pessoas que residem nos locais mais distantes.

Ele já foi ameaçado de morte por defender os mais fracos e oprimidos, principalmente por sair em defesa de vítimas da exploração sexual infantil, os indígenas, os quilombolas, os pobres e miseráveis. Até hospitalizado por um ataque de búfalo ele já foi, justamente por não ter preguiça de ir a campo. À reportagem do A12, ele disse que escolheu morrer no Marajó e de lá nunca sairá, porque é dali que constrói o Reino de Deus e ajuda o povo amazônico.

Outra questão importante é levar em consideração o direito que Dom Azcona tem em trazer sugestões, em avaliar e trazer críticas para o bemNa entrevista abaixo, ele sugere que o rosto amazônico, não é meramente um rosto indígena e que por isso, o Sínodo deveria colocar na mesa de trabalho uma diversidade cultural e de desafios para evangelização que a Amazônia, principalmente a brasileira, nos traz. Ele destaca:

Leia MaisDom Claudio Hummes: "O caminho é o diálogo"- O avanço de igrejas pentecostais, que considera de pouca credibilidade e responsabilidade;

- Sugere um olhar pelas comunidades quilombolas e ribeirinhas, mais numerosas que as etnias indígenas;

- A realidade urbana, que pode chegar a 80% da população (as grandes cidades também deveriam ser pauta, devido a todos os riscos e desafios que enfrentam).

Mais diálogo em tempos de ódio


O importante é o fato de que Dom Azcona, em momento algum, se diz contra a realização desse marco para toda a Igreja. Ele deixa claro que não é contra a realização do Sínodo, ou contra o Papa e tampouco contra os indígenas. Entretanto, não deixa de expor sua opinião sobre como o encontro poderia ser melhor, levando em conta e trazendo as necessidades daquela região com um rosto mais fiel a realidade.

 Apesar das duras críticas, Dom Azcona se diz animado e acredita que ainda dá tempo de contemplar todas as urgências necessárias.

.:: Por que o Papa convocou o Sínodo para a Amazônia?

2 Comentários

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Eduardo Gois, em Igreja

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...