O Papa Francisco convocou um Sínodo Extraordinário dos bispos para 2023/2024. A Instituição dos sínodos extraordinários foi criada logo após o Concílio Vaticano II, por iniciativa do Papa Paulo VI, com repetições frequentes.
Para a atual edição, a temática se fundamenta na “Sinodalidade”, com o objetivo de reforçar a necessidade dos cristãos “caminharem juntos” numa Igreja que coloca as mulheres e os homens de nosso tempo, incluindo os pastores e o próprio sucessor de Pedro, abertos para as inspirações do Espírito Santo, porque somente desta forma se poderá enfrentar os sérios desafios de nosso tempo.
O Sínodo, que acontecerá em duas sessões, depois de passar pela fase de consulta às dioceses e igrejas locais, se estenderá até 2024, tendo como tema: "Por uma Igreja Sinodal: Comunhão, participação e missão".
A sinodalidade representa um caminho de renovação para a Igreja, promovendo sua abertura à ação do Espírito Santo, ouvindo o que Deus tem a dizer ao seu povo. Este caminho a ser percorrido juntos não só deve unir ainda mais os cristãos como Povo de Deus, como também enviá-los a cumprir a missão de testemunho profético, junto com outras denominações cristãs e tradições de fé.
Caminho sinodal da Igreja
A sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja para o terceiro milênio, que já avança sua terceira década. O Papa Francisco indicou que este é um conceito fácil de colocar em palavras, mas desafiador para ser colocado em prática.
Nas motivações do sínodo, o Papa pediu que os pastores se escutem, escutem os cristãos, mesmo os que estão longe, os mais fracos e os deserdados. Os quase 5,2 mil bispos do mundo foram instados a pensar menos sobre si próprios, mas a chamar à responsabilidade todos os batizados a trabalhar em equipe com os seus pastores.
Disse o Papa:
“O cristianismo deve ser sempre humano e humanizador, reconciliando diferenças e distâncias e transformando-as em familiaridade, em proximidade. Um dos males da Igreja, ou melhor, uma perversão, é este clericalismo que separa o sacerdote e o bispo do povo” (Papa Francisco, 18 de setembro de 2021).
O Sínodo deve continuar o caminho de uma Igreja inspirada no exemplo dos doze apóstolos de Jesus, não “olhando para o próprio umbigo”, mas sendo cada vez mais uma expansiva, missionária e fraterna, “um hospital de campanha, e não um parlamento”, como em certa ocasião afirmou o papa.
Participação dos leigos
O que já vinha acontecendo nas últimas edições do sínodo se tornou mais forte nesta edição: A participação dos leigos nas reuniões pré-sinodais, através de vários mecanismos, sobretudo, nas igrejas locais, pois cada diocese foi motivada a envolver as paróquias e comunidades na sua fase de preparação. E todos os resultados obtidos foram enviados à Comissão Preparatória do sínodo, em Roma.
Para favorecer a participação, questionários foram enviados às paróquias, especialistas em vários domínios foram convidados a dar o seu parecer e foram realizados tantos momentos de reflexão e de encontro comunitário nas paróquias e nas dioceses, acompanhados de momentos de oração e celebração.
Desta forma, quando chegar a hora a realização do sínodo em Roma, a Sala Sinodal deverá se transformar num espaço aberto ao diálogo, ao debate e reflexão, onde mesmo o diferente possa ter voz e vez.
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