Em meio à Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro, um dos momentos marcantes e inesquecíveis para os brasileiros foi a passagem do Papa Francisco pela cidade de Aparecida (SP). O Santo Padre, naquele 24 de julho, fez uma escala em São José dos Campos (SP) e seguiu de helicóptero para a Capital Mariana da Fé.
Um dia frio e chuvoso não foi capaz de desanimar os fiéis, que esperavam viver um momento único: poder ver de perto o Papa Francisco. De acordo com a contagem do Santuário Nacional de Aparecida, mais de 200 mil fiéis passaram pela Casa da Mãe naquele dia.
Leia Mais5 memórias do Papa Francisco no Santuário de AparecidaNa celebração no Altar Central do Santuário Nacional, Francisco celebrou a missa para um público de cerca de 12 mil fiéis e 3 mil convidados. Entre os presentes naquela celebração, o jornalista Luiz Fernando Miguel, formado em Teologia, Filosofia e Comunicação e, à época do encontro com Francisco, seminarista, contou, em entrevista ao A12, momentos marcantes daquele dia e o reflexo em sua vida.
Luiz Fernando era o responsável por portar o microfone para o Santo Padre durante toda a celebração. “O meu encontro com Papa Francisco aconteceu, primeiramente, na Santa Missa, na qual eu tive oportunidade de ajudar portando o microfone para o Santo Padre nas orações da celebração Eucarística, então fiquei bastante tempo ali, praticamente as duas horas, cara a cara com o Papa”, detalhou.
“Em diversos momentos meu olhar cruzava o dele. Eu vi a alegria que ele estava [sentindo] ali, realmente transmitindo aquelas mensagens para o povo brasileiro”, relembrou.

Luiz Fernando ainda recordou que pôde conversar brevemente com Francisco, pois após a missa, os seminaristas tiveram um tempo de almoço com o Pontífice. Na entrada do almoço, tiveram um momento de recepção onde puderam acolher ao Papa, cada um fazendo uma saudação:
“Eu tive oportunidade de fazer um momento um pouco descontraído com o Papa: eu entreguei uma bandana de presente para ele, na qual estavam escritos nomes de jovens que eu levaria para a Jornada Mundial da Juventude no dia seguinte, no Rio de Janeiro. Foi uma oportunidade bem bacana mesmo, de proximidade com o Papa Francisco, onde ele deu um sorriso e tiramos uma foto. Foi um momento único na minha caminhada”, frisou.
Dentre muitas lembranças do 24 de julho de 2013, Luiz Fernando contou qual foi a mais marcante e que foi fundamental para a escolha de seus caminhos:
“Ele apertou bem forte nossas mãos e nos disse: 'Se for para ser, que sean buenos curas' (Se for pra ser, que sejam bons padres). Aquilo marcou minha existência, porque eu já tinha, de certa forma, uma crise acerca da minha vocação e foi praticamente uma confirmação de que o caminho que Deus queria para mim não era aquele. No final daquele ano, inclusive, foi o ano que deixei o seminário. Deixei com uma certeza — tanto que um texto que escrevi para amigos e pessoas que me acompanhavam — com a certeza que 'era preciso pescar diferente, porque o povo já sente que o tempo chegou'. E o tempo para mim tinha chegado, o tempo de pescar em mares diferentes. Esse encontro com o Papa transformou minha existência e a forma como eu via a minha vocação e minha missão neste mundo”, contou.
Atualmente, Luiz Fernando segue professando a fé católica por meio de seu trabalho como gestor educacional em um colégio católico de Irmãs Salesianas. É também professor universitário em um centro universitário católico e compartilha conteúdos religiosos nas redes sociais, transmitindo mensagens motivadoras, como os próprios ensinamentos de Francisco.
Luiz ainda é Ministro da Eucaristia, Ministro da Palavra, membro da Pastoral da Comunicação e atua também consultor e formador católico, ministrando cursos e palestras formativas em diversas paroquiais, movimentos e ministérios, colocando o estudo da teologia e da filosofia a serviço das pessoas e da Igreja.
Luiz mudou seu destino, mas seguiu no propósito e fé católica.
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