Santo Padre

Em entrevista Papa fala sobre bênçãos, planos e os conflitos mundiais

Papa: “o Senhor abençoa todos”

Escrito por Redação A12

15 JAN 2024 - 11H52 (Atualizada em 15 JAN 2024 - 14H27)

Reprodução / “Che tempo che fa”

No último domingo (14), foi ao ar uma entrevista que Papa Francisco concedeu ao programa italiano “Che tempo che fa”, em que ele refletiu sobre diversos assuntos relacionados à atualidade, aos desafios do mundo, da Igreja e também de seu pontificado.

Um dos temas que foi muito comentado e debatido nas últimas semanas, não ficaria de fora desta entrevista. Ao ser questionado sobre o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, “Fiducia Supplicans”, que abre possibilidade de casais irregulares, incluindo casais do mesmo sexo, receberem bênçãos, Francisco explicou que “às vezes as decisões não são aceitas”.

O pontífice completou, ao afirmar, que muitas das vezes quando decisões são questionadas “é porque não se conhece”, porque muitas pessoas não pesquisam a fundo os motivos de tais documentos. Leia Mais"A situação da Terra Santa aflige o local da raiz de nossa fé", clama PapaMensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Enfermos

O Senhor abençoa todos, todos, todos que vêm. O Senhor abençoa todos aqueles que podem ser batizados, ou seja, cada pessoa. Mas depois as pessoas devem entrar em diálogo com a bênção do Senhor e ver qual é o caminho que o Senhor lhes propõe. Mas devemos pegá-las pela mão e ajudá-las a seguir esse caminho, não as condenar desde o início”.

O Papa falou também sobre o trabalho pastoral da Igreja, sobre a importância de se perdoar e indicar o caminho. Ele ainda confessou que em 54 anos de sacerdócio, negou o perdão apenas uma vez e explicou que foi devido à “hipocrisia da pessoa”.

Eu sempre perdoei tudo, mas também digo com a consciência de que aquela pessoa talvez tenha uma recaída, mas o Senhor nos perdoa, ajudar a não recair, ou a recair menos, mas perdoar sempre”.

Papa Francisco confessou ainda que gosta de pensar que o inferno esteja vazio, pois o Senhor “não se escandaliza com nossos pecados, porque Ele é Pai e nos acompanha”.

Conflitos mundiais

Papa Francisco já falou sobre conflitos mundiais e sobre os inocentes que sofrem as consequências desses atos, em diversas ocasiões. E voltou a falar, na ocasião, sobre os quase dois anos de ataques à Ucrânia e os 100 dias de conflitos no Oriente Médio.

“É verdade que é arriscado fazer a paz, mas é mais arriscado fazer a guerra”.

E responsabiliza governos e comércios de armas, que acabam ficando por trás desses conflitos.

“Há o comércio de armas. Um economista me disse que, neste momento, os investimentos que rendem mais juros, mais dinheiro, são as fábricas de armas. Investir para matar”.

Ele ainda mencionou a escalada bélica, confidenciando seu medo pessoal, diante da fabricação de armas atômicas.

“Essa escalada bélica me dá medo, porque, com esse levar avante passos bélicos no mundo, nos perguntamos como acabaremos. Com armas atômicas agora, que destroem tudo. Como acabaremos? Como a Arca de Noé? Isso me dá medo. A capacidade de autodestruição que a humanidade tem hoje”.

Migrantes

Francisco destacou que o tratamento com os migrantes é cruel, isso torna urgente a criação de uma política migratória “bem pensada” e que auxilie a “controlar o problema dos migrantes” e “remover todas essas máfias que exploram os migrantes”.

“Há muita crueldade no tratamento desses migrantes desde o momento em que deixam suas casas até chegarem aqui na Europa”. “É verdade que todos têm o direito de permanecer em sua própria casa e de migrar, por favor, não fechem as portas”.

Próximos Planos 

Ao ser questionado sobre uma possível renúncia, Papa voltou a afirmar que não planeja deixar seu posto.

Não é um pensamento, nem uma preocupação, nem mesmo um desejo. É uma possibilidade, aberta a todos os Papas, mas, no momento, não está no centro de meus pensamentos e das minhas inquietações, de meus sentimentos”.

Francisco então anunciou que em agosto deste ano irá fazer uma viagem a Polinésia, e que em seguida se possível vai até a Argentina, já que foi oficialmente convidado por uma carta do novo presidente Javier Milei.

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