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Santo Padre

Francisco: o Papa pioneiro em diversas atitudes e fatos

Escrito por Alberto Andrade

25 ABR 2025 - 09H05 (Atualizada em 25 ABR 2025 - 11H16)

Vatican Media

Na tarde desta sexta-feira (25), na Basílica de São Pedro, teremos a cerimônia de fechamento do caixão do Papa Francisco, com rito presidido pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

Fiéis de todo o mundo ainda estão prestando suas homenagens e orações pela alma do Santo Padre. No sábado (26), às 5h, horário de Brasília, será celebrada a Missa das Exéquias, que marca o primeiro dia do Novendiali (novenário), os nove dias de luto e orações em honra ao Pontífice falecido.

O chefe da Igreja Católica comanda uma denominação que reúne 1,4 bilhão de pessoas. Os pronunciamentos e ações de um pontífice reverberam muito além da religião que ele lidera, especialmente sobre questões que dizem respeito a todos, independentemente da fé que professem.

O pontificado de 12 anos de Francisco deixa um legado importante em vários temas, que, em alguns casos, receberam dele uma ênfase inédita.

Primeiro Papa Jesuíta

Jesuítas Brasil
Jesuítas Brasil

Jorge Mario Bergoglio entrou para o seminário da Companhia de Jesus em 11 de março de 1958, na Argentina, e completou os estudos no Chile. Na congregação, atuou como professor de literatura e psicologia no colégio da Imaculada de Santa Fé e no colégio do Salvador, em Buenos Aires.

Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado sacerdote e, em abril de 1973, fez sua profissão perpétua junto aos jesuítas.

Durante anos, Bergoglio foi reitor do colégio de São José, concluiu a tese de doutorado, foi diretor espiritual e confessor, até que, em 1992, São João Paulo II o nomeou como bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em 1998, foi ordenado Arcebispo de Buenos Aires e, em 2001, foi criado cardeal.

Os jesuítas têm como carisma a missão, a transformação da sociedade por meio da espiritualidade, promoção social, do diálogo intercultural e inter-religioso, além do serviço da fé e da promoção da justiça, fatores marcantes durante o pontificado de Francisco.

Primeiro latino-americano a ser eleito

Vatican Media
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O cardeal Bergoglio também foi o primeiro Papa não europeu em quase 1300 anos. Gregório III era sírio e liderou a Igreja entre os anos 731 e 741.

Primeiro a adotar o nome de Francisco

Wikipedia
Wikipedia


O 266º Santo Padre da história quis homenagear São Francisco de Assis, fundador da Ordem dos Frades Menores, conhecido por sua vida de simplicidade, amor aos pobres e devoção à natureza.

Jorge Mario Bergoglio contou que, ao ser eleito, recebeu um conselho de Dom Cláudio Hummes, Arcebispo emérito de São Paulo.

“Ele me abraçou, me beijou e disse: 'Não se esqueça dos pobres'. Aquilo entrou na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis”, disse.

Ao ser eleito, foi esclarecido pela Santa Sé que o nome era apenas “Francisco”, sem o numeral romano. “Ele se tornará Francisco I somente depois que houver um Francisco II”, explicou o padre Federico Lombardi, à época porta-voz da Santa Sé.

Primeiro a ser eleito com o antecessor ainda vivo

L'Osservatore Romano
L'Osservatore Romano


Após Bento XVI renunciar, em fevereiro de 2013, o conclave foi realizado e em março do mesmo ano, o Cardeal Bergoglio foi eleito por 115 cardeais no segundo dia e na quinta votação. Dez dias depois da eleição, Francisco foi para Castel Gandolfo para se encontrar com Bento XVI.

A Santa Sé disse que foi a primeira vez na história da Igreja que o atual papa se encontrou com seu antecessor.

Os dois sempre tiveram uma boa convivência e registraram momentos históricos de partilha e oração, como aconteceu em 2014, na canonização de João XXIII e João Paulo II, com a presença de Joseph Ratzinger.

Primeiro a discursar aos líderes do G7

Vatican Media
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Francisco esteve reunido, em 2024, no fórum informal de diálogo que reúne os sete países mais desenvolvidos e industrializados do mundo (Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão), realizado na Itália.

Numa mesa redonda especial, o Papa desafiou-os a manter a dignidade humana em primeiro lugar no desenvolvimento e na utilização da inteligência artificial, alertando para o fato de uma tecnologia tão poderosa correr o risco de transformar as próprias relações humanas em algoritmos.

“Perante as maravilhas das máquinas, que parecem saber escolher de forma autônoma, devemos ter bem claro que a tomada de decisões, mesmo quando somos confrontados com os seus aspectos por vezes dramáticos e urgentes, deve ser sempre deixada à pessoa humana”, afirmou.

Primeiro a residir fora do Palácio Apostólico

Vatican Media / Reprodução
Vatican Media / Reprodução


Tradicionalmente, o papa reside no Palácio Apostólico, onde ficam os suntuosos apartamentos particulares do pontífice, juntamente com o escritório de onde o ele despacha.

O Santo Padre, desde a sua eleição, optou por morar na Casa Santa Marta. O prédio de instalações mais simples foi onde ele e os demais cardeais se alojaram durante o conclave.

“Estou perto das pessoas e levo uma vida normal: missa pública de manhã, como no refeitório com todos, etc. Isto me faz bem e evita que fique isolado”.

Primeiro Papa em solo de países que nunca tinham sido visitados

Va
Va


Francisco foi a mais de 65 países de cinco continentes em 12 anos. Foram 47 viagens internacionais. Entre os destinos, o Papa visitou os Emirados Árabes Unidos, Iraque, Mianmar, Macedônia do Norte, Bahrein, Mongólia, Timor-Leste e a ilha francesa de Córsega, no Mediterrâneo.

Francisco ainda foi pioneiro em outras ações (primeiro a se encontrar com o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, a lavar os pés das mulheres na cerimônia da Quinta-feira Santa, a nomear uma mulher para liderar um departamento da Cúria Romana, a publicar uma autobiografia, a se equipar com um Conselho de Cardeais) que mostram que ele foi um pastor próximo, que não teve medo de ir ao encontro das periferias existenciais e geográficas.

Com gestos concretos e palavras diretas, buscou a misericórdia, a justiça e a paz, como bem expressou na bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (2015):

“A misericórdia é a viga que sustenta a vida da Igreja”.

Sob sua liderança, a Igreja redescobriu a beleza de acolher, de ouvir e de caminhar com todos, especialmente os mais frágeis.

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