"Jesus cura para libertar", afirma o Papa em audiência geral

A cura que vem de Jesus e a liberdade que ela nos proporciona foram os principais temas da reflexão do Papa Leão XIV durante a Audiência Geral desta quarta-feira (11), seguindo o ciclo de catequeses “Jesus Cristo Nossa Esperança” sobre a vida de Jesus. A inspiração veio da figura de Bartimeu, o cego que Jesus encontrou em Jericó.

“O personagem que nos acompanha nesta reflexão nos ajuda a compreender que nunca devemos abandonar a esperança, mesmo quando nos sentimos perdidos. Trata-se de Bartimeu, um mendigo cego, que Jesus encontrou em Jericó”, destacou o Santo Padre.

O grito de Bartimeu “Filho de Davi, Jesus, tem misericórdia de mim!” (Mc 10,47) tornou-se uma das mais repetidas na tradição cristã. Segundo o Papa, esse grito tocou o coração de Jesus. “Não há grito que Deus não ouça, mesmo quando não percebemos que nos dirigimos a Ele.”

Jesus ouve, mas não vai diretamente até o cego. Ele o chama. Bartimeu precisa dar um passo de coragem: deixar sua capa, símbolo de abrigo e segurança. “Para ir ter com Jesus e ser curado, Bartimeu precisa de se expor a Ele em toda a sua vulnerabilidade. Este é o passo fundamental para qualquer caminho de cura”, explicou Leão XIV.

Jesus pergunta: “Que queres que te faça?” Bartimeu responde com o verbo anablepein, que também pode ser traduzido como “ver de novo” ou “levantar o olhar”. Para o Papa, a resposta do cego mostra que ele não queria apenas enxergar com os olhos, mas também recuperar sua dignidade.

“Bartimeu não quer apenas ver de novo, quer também redescobrir a sua dignidade! Para olhar para cima, é preciso levantar a cabeça. Por vezes, as pessoas estão bloqueadas porque a vida as humilhou e só querem redescobrir o seu próprio valor.”

A cura de Bartimeu se dá pela fé. Jesus diz: “Vai, a tua fé te salvou.” Mas o evangelista Marcos conta que, mesmo livre para seguir outro caminho, Bartimeu decide seguir Jesus.

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No encerramento da catequese, Leão XIV fez um apelo à oração: “Levemos com confiança diante de Jesus as nossas doenças e as dos nossos entes queridos, levemos a dor daqueles que se sentem perdidos e sem saída. Gritemos também por eles, e tenhamos a certeza de que o Senhor nos ouvirá e se deterá.”

Após a catequese, o Papa manifestou solidariedade às vítimas do tiroteio em uma escola de Graz, na Áustria, e saudou os contadores em peregrinação a Roma, incentivando-os a promover um crescimento econômico mais justo.

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Fonte: Vatican News