O Jubileu da Santa Sé foi realizado nesta segunda-feira (9), com a presença do Papa Leão XIV. A celebração reuniu cardeais, bispos, religiosos e leigos num gesto de comunhão e fé, dentro do Ano Santo da Esperança.
O encontro iniciou com a meditação da irmã Maria Gloria Riva, seguida de uma procissão até a Basílica de São Pedro, onde o Papa, carregando a cruz, passou pela Porta Santa e presidiu a Missa.
Na homilia, o Papa refletiu sobre o simbolismo do dia: logo após Pentecostes e na memória litúrgica de Maria, Mãe da Igreja. Leão XIV destacou como a Palavra de Deus ajuda aos fiéis a compreender a Igreja e a missão da Santa Sé, inspirando-se nas passagens dos Atos dos Apóstolos e do Evangelho de João.
A partir da imagem de Maria aos pés da cruz, o Santo Padre explicou que sua maternidade se transformou profundamente. “A maternidade de Maria, através do mistério da Cruz, deu um salto impensável: a mãe de Jesus tornou-se a nova Eva, porque o Filho a associou à sua morte redentora.”
Segundo o Pontífice, é da Cruz que nasce a fecundidade da Igreja. “Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior.”
Santidade no dia a dia
Leão XIV também falou sobre a importância da santidade pessoal. A Igreja é fecunda na medida em que seus membros vivem o amor de Cristo. Isso vale para quem trabalha no Vaticano, para os padres no ministério e para os pais no cuidado da família.
“A melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada.”
O Papa usou ainda a imagem de Maria com os discípulos no Cenáculo. Ela estava presente na origem da Igreja e continua sendo presença viva. “Maria é a memória viva de Jesus”, afirmou o Pontífice. “Polo de atração que harmoniza as diferenças.”
Ele também explicou que a missão da Santa Sé é sustentada por dois polos: o petrino e o mariano. E é o polo mariano, ligado à maternidade espiritual, que garante a fecundidade e santidade do ministério de Pedro.
A irmã Maria Gloria Riva, responsável pela meditação inicial, falou sobre o significado da esperança. Citando a origem hebraica da palavra, ela explicou que esperar é como viver preso a uma corda esticada entre o passado e o futuro. Essa tensão, embora difícil, é necessária.
“O homem que tem esperança, arraigado em seu passado, sabe lançar-se para o futuro enquanto vive o presente em tensão.”
Segundo a religiosa, o risco é viver preso a um passado que não existe mais, ou se perder num futuro ilusório. O equilíbrio entre os dois é o que sustenta a esperança.
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, também falou sobre o sentido do Jubileu em entrevista. Para ele, é um tempo de reencontro para aqueles que, espalhados pelo mundo em missão, se unem ao redor do Papa como uma família.
“A vida de cada um deles é uma contínua ‘peregrinação’”, disse. “Esse Jubileu me remete à imagem de uma família que, espalhada pelo mundo mas unida, se reúne em Roma para se estreitar ao redor do Papa.”
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