O Papa: O centro e a periferia, o que atrai e o que não é valioso aos nossos olhos

Realizando uma sequência catequética tendo como referência São José, de quem é fiel devoto, o Papa Francisco leva a Igreja a refletir a sua evangelização no mundo de hoje. Com afirmações contundentes, destacou a “periferia” como lugar que o mundo não quer, mas que é valioso aos olhos de Deus:
“O Filho de Deus não escolheu Jerusalém como o lugar de sua encarnação, mas Belém e Nazaré, duas aldeias periféricas, longe do clamor da crônica e do poder da época”.
Falando da periferia como espaço geográfico, Francisco cita outra periferia existencial, a “periferia da alma”.
Deus continua se manifestando nas periferias geográficas e existenciais
Jerusalém, centro do poder religioso e de influência política e econômica, mesmo tendo o Santuário, lugar respeitado pelo povo judeu, não foi escolhida para o nascimento de Jesus; a escolha divina apontou para Belém e Nazaré. “Ele nasceu na periferia. Viveu a sua vida até 30 anos naquela periferia, trabalhando como carpinteiro, assim como José. Para Jesus, as periferias e a marginalidade são prediletas", afirma o Papa.
Para Francisco, essa escolha mostra que Deus se manifesta nas periferias geográficas e existenciais, porque “o Senhor age sempre escondido”, “na periferia da alma, nos sentimentos que talvez nos envergonham”.
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Citando a “periferia”, Francisco deixa claro de que não priorizar esse espaço geográfico na evangelização, “equivale a não levar a sério o evangelho e a obra de Deus”. Consciente de que a Igreja deve estar em “saída” e assumir o seu protagonismo, Francisco lembra que “Jesus vai em busca dos pecadores, entra nas casas, fala com eles, chama-os à conversão”.
Mostrando as dificuldades e críticas sofridas por Jesus, “esse mestre que come com os pecadores, se suja”, Francisco diz que “a sociedade daquela época não é muito diferente da nossa. Hoje há também o centro e a periferia”.
E, mais uma vez coloca São José para fazer essa ponte do ontem e do hoje, e ser uma referência na missão:
“José nos ensina a não olhar muito para as coisas que o mundo louva, mas a olhar para o ângulo, olhar para as sombras, para a periferia, para aquilo que o mundo não quer. Lembra a cada um que devemos dar importância ao que os outros descartam”.
O Papa Francisco em ação nas periferias do mundo
O mundo reconhece o protagonismo exercido pelo Papa Francisco, porque suas palavras são coerentes e não ficam apenas na teoria. Fala com autoridade, com clareza e tendo como referência o Evangelho. No que tange a defesa das “periferias do mundo atual” e suas contradições, sua voz não se cala.
Trazendo de forma concreta algumas ações mais recentes... Em visita ao Iraque em 2021, país devastado pela violência extremista e pelas profanações jihadistas, o Papa eleva um clamor aos céus contra toda forma de violência em nome de Deus. Na visita à Eslováquia e aos migrantes de Lesbos, Francisco falou da blasfêmia quando o nome Deus é usado para destruir a dignidade das pessoas.
Em várias oportunidades, clamou às autoridades justiça na distribuição de vacinas contra a Covid-19 para os países pobres. E, mostrando sensibilidade e gratidão, em dezembro passado, fez uma carta de agradecimento à Igreja na Coreia do Sul por enviar vacinas e favorecer a distribuição em países pobres.
Que o Papa Francisco continue sendo essa voz profética, em defesa da vida em todas as dimensões!

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