| Para dar mais detalhes sobre o túmulo do Papa, leia este artigo do Padre Luis Miguel Modino, missionário da Arquidiocese de Manaus |
Desde sua eleição em março de 2013, Francisco sempre foi um Papa surpreendente. Uma atitude que o acompanhou até o fim de sua vida e também em seu túmulo. A simples lápide embutida no muro de uma das quatro basílicas papais de Roma, a de Santa Maria Maior, é uma prova disso.
As pessoas têm passado continuamente por ela desde que foi aberta à visitação, olhando para a lápide onde se lê “Franciscus”. A única companhia é a reprodução de sua cruz peitoral e uma rosa branca que parece ter ficado intacta. Uma luz onde vemos a Luz do Ressuscitado, que sempre acompanhou a vida da Igreja, ilumina a atmosfera.
Há dois anos, túmulo já estava pronto
O Papa havia dado sua aprovação e fornecido o dinheiro para a construção. Nada diferente do que sempre fez o Cardeal Bergoglio, que nunca aceitou não ser cobrado por suas contas. Era motivo de discórdia quando alguém não queria lhe cobrar. Um túmulo que pouquíssimas pessoas sabiam de sua existência.
Passar em frente a ele é algo que toca o coração de todos nós que nos identificamos com o papado de Francisco. Uma mistura de tristeza e esperança. A fé nos diz que o último pontífice já está na casa do Pai. Nosso sentimento humano nos leva a sentir a falta de alguém que estava continuamente presente em nossos pensamentos, alguém em quem encontrávamos orientação.
Francisco sempre teve uma visão de longo prazo, embora nunca tenha se esquecido do dia a dia, das curtas distâncias. Uma mistura de perspectivas, de pontos de vista, de sonhos, mas, ao mesmo tempo, nunca se esquivando dos problemas concretos, foi o que fez dele um Papa admirado por muitos.
Ele sempre teve consciência de que não seria capaz de cumprir a tarefa que foi solicitada pelos participantes do Conclave em que foi eleito. Mas ele sempre viu sua vida e os serviços que lhe foram confiados pela Igreja como parte de um processo. Um processo no qual ele se sentia como um elo em uma corrente que atravessa a história da humanidade e de uma Igreja de quase dois mil anos.

A Cruz no centro
O Santo Padre tinha seu roteiro de pastorar a Igreja através do Concílio Vaticano II, mas estava ciente de que ainda há um longo caminho a percorrer até que esse modo de caminhar seja compreendido e aceito por todos.
As laterais do túmulo de Francisco nos ajuda a focar na Cruz no centro. É a cruz peitoral que sempre o acompanhou em seu episcopado, primeiro em Buenos Aires, na Argentina e depois em Roma. É uma cruz onde a imagem do Bom Pastor se destaca, mostrando-nos a determinação que Jorge Mario Bergoglio sempre teve em carregar os mais vulneráveis, os descartados.
A mostra da Misericórdia do Papa
Os mais aflitos: estes foram os que mais se identificaram com ele, e são eles que estão aguardando impacientemente a chegada de alguém que não os ignorará. Um sucessor que tenha a misericórdia que lhe permita olhar para baixo e descobrir que há alguém jogado à beira da estrada. Alguém que não se apresse para o Templo, que não se apresse para cumprir com ritualismos dos quais os últimos poucas vezes conseguem participar.
O Papa Francisco continua a cuidar, daquele lugar escondido na parede, que aos olhos de muitos pode passar despercebido. É para lá que sempre irá aquele que se deixa iluminar pela luz que coloca no centro o sinal daquele que deu a vida por todos. Francisco, sabemos que seu corpo está escondido naquele lugar, mas seu espírito continua a inspirar muitas pessoas.
.:: O que significa Sede Vacante?
Fonte: Vatican News - Padre Modino
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