Santo Padre

Papa envia carta ao presidente do Fórum Econômico Mundial

“Como é possível que no mundo de hoje as pessoas ainda passem fome, são exploradas, condenadas ao analfabetismo?”

Escrito por Redação A12

17 JAN 2024 - 16H10 (Atualizada em 17 JAN 2024 - 17H05)

Vatican Media / Reprodução

Papa Francisco colaborou com a 54ª edição Fórum Econômico Mundial, enviando uma mensagem ao fundador e presidente executivo do fórum, Klaus Schwab. O evento teve início nesta terça-feira (16), em Davos, na Suíça e conta com a participação de presidentes e representantes de organizações internacionais de 120 países.

Na mensagem, o pontífice lembrou da “responsabilidade moral” de seu papel na luta contra a pobreza, no “desenvolvimento integral de todos os irmãos e irmãs”, e na “busca da coexistência pacífica entre os povos”.

O texto foi lido pelo cardeal ganês Peter Appiah Turkson, presidente das Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais, durante os trabalhos. Leia MaisPapa pede orações por países que sofrem com conflitos

A mensagem explica que estamos acompanhando o crescimento de "um mundo cada vez mais dilacerado, no qual milhões de pessoas, cujos rostos são, em sua maioria, desconhecidos, continuam sofrendo, sobretudo pelos efeitos de conflitos prolongados e de guerras".

“Como é possível que no mundo de hoje as pessoas ainda passem fome, são exploradas, condenadas ao analfabetismo, não têm atendimento médico básico e nem moradia?”

O Santo Padre voltou a falar sobre a reflexão que fez junto ao Corpo Diplomático, na audiência do dia 9 de janeiro, quando falou sobre aqueles que sofrem com as guerras, já que "as guerras modernas já não ocorrem apenas em campos de batalha bem definidos, nem envolvem apenas soldados".

A esperança e o apelo do Papa para este encontro é que os presentes possam discutir a "necessidade urgente de promover a coesão social, a fraternidade e a reconciliação entre grupos, comunidades e Estados, a fim de enfrentar os desafios que temos pela frente".

Papa Francisco refletiu sobre o desafio de se alcançar a paz, a paz pela qual os povos anseiam que “só pode ser fruto da justiça”, e que para alcançá-la não é suficiente só “deixar de lado os instrumentos da guerra”, mas também enfrentar injustiças, como, por exemplo, fome, desigualdade social, escravidão, desmatamento, exploração dos recursos naturais, e tantos outros problemas pelos quais devemos lutar.

Ele ainda pediu para a nova geração "retomar as lutas e conquistas das gerações passadas, almejando cada vez mais alto, porque a bondade, o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam de uma vez por todas, mas devem ser realizadas todos os dias".

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