Santo Padre

Papa Francisco apresenta São José como “sonho da vocação”

Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R. (Arquivo pessoal)

Escrito por Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R.

03 AGO 2021 - 08H36 (Atualizada em 03 AGO 2021 - 09H04)

Vatican News

Todo ano, no mês de agosto, a Igreja celebra o mês vocacional. Cada domingo é dedicado a uma vocação específica. No primeiro domingo, a vocação sacerdotal; no segundo, a vocação matrimonial; no terceiro, a vocação à vida consagrada e, no quarto e último domingo do mês, as vocações leigas.

Como referência e opção de subsídio para o trabalho vocacional, a cada ano o Papa lança uma mensagem no Dia Mundial pelas Vocações, iniciado em 1964 e celebrado no IV domingo da Páscoa, dedicado ao Bom Pastor.

Leia Mais58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações vivido no testemunho de São JoséEste já é o 58º Dia Mundial das Vocações. O Papa Francisco em sua mensagem deste ano, toma como referência a pessoa de São José, por ocasião do 150º aniversário da proclamação do santo como padroeiro da Igreja universal.

José não se fazia notar, mas realizou o extraordinário aos olhos de Deus

“São José não sobressaía, não era dotado de particulares carismas, não se apresentava especial aos olhos de quem se cruzava com ele. Não era famoso, nem se fazia notar: dele, os Evangelhos não transcrevem uma palavra sequer. Contudo, através da sua vida normal, realizou algo de extraordinário aos olhos de Deus”.

Immaculate/ Shutterstock
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José deixou-se guiar decididamente pelos sonhos

Aqui não se trata de um sonho ilusório e fantasioso, mas sonho revelador, inspirado pelo próprio Deus, conforme narram os textos bíblicos (Mt 1, 20; 2, 13.19.22). “São José deixou-se guiar decididamente pelos sonhos, porque o seu coração estava orientado para Deus, estava já predisposto para Ele. Era suficiente um pequeno sinal para reconhecer a voz divina”.

Os sonhos que motivam novos chamados continuam acontecendo, mas o Papa faz um alerta e esclarece:

Deus não gosta de Se revelar de forma espetacular, forçando a nossa liberdade. Transmite-nos os seus projetos com mansidão; não nos ofusca com visões esplendorosas, mas dirige-Se delicadamente à nossa interioridade, entrando no nosso íntimo e falando-nos através dos nossos pensamentos e sentimentos. E assim nos propõe, como fez com São José, metas elevadas e surpreendentes”.

Os quatro sonhos que lançaram José a uma vida de aventuras

“O primeiro perturbou o seu noivado, mas tornou-o pai do Messias; o segundo sonho fez José fugir para o Egito, mas salvou a vida da sua família. Depois do terceiro, que ordenava a volta para sua pátria, vem o quarto que o levou a mudar os planos, fazendo-o seguir para Nazaré, onde Jesus havia de começar o anúncio do Reino de Deus”.

Em todos esses transtornos, José se mostrou com disposição e coragem de seguir a vontade de Deus. Francisco afirma que a mesma coisa acontece com nossa vocação:

“O chamado divino pede sempre para sair e ir mais além. Não há fé sem risco. Só abandonando-se confiadamente à graça, deixando de lado os próprios programas e comodidades, é que se diz verdadeiramente “sim” a Deus”.

José, um coração de pai capaz de dar e gerar vida na vocação

O vocacionado é chamado a produzir frutos para o reino; não pode ser estéril, ele é chamado a gerar e recuperar vidas todos os dias. Para isso é necessário que a entrega passe pelo coração, pois “o Senhor deseja moldar corações de pais, corações de mães, corações abertos, capazes de pessoas generosas na doação, compassivas para consolar as angústias e firmes para fortalecer as esperanças”.

E falando de duas vocações específicas, o sacerdócio e a vida consagrada, Francisco lembra que é grande o seu compromisso, especialmente “nestes tempos marcados por fragilidades e tribulações, devidas também à pandemia, que tem suscitado incertezas e medos sobre o futuro e o próprio sentido da vida”.

Escrito por
Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R. (Arquivo pessoal)
Padre Rosivaldo Antônio Motta, C.Ss.R.

Missionário redentorista com bacharelado em Teologia (UCSal), pós-graduado em Comunicação e Cultura Brasileira (SEPAC-PUC/SP) e mestrado em Comunicação e Semiótica (PUC/SP).

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