A eleição de Robert Francis Prevost como Papa Leão XIV surpreendeu o mundo católico e encheu de alegria a Ordem de Santo Agostinho, da qual ele faz parte. Frei Eberson Naves, secretário provincial dos Agostinianos no Brasil, em entrevista ao CNBB Podcast, lembra que o momento foi de grande emoção:
“Pulamos, gritamos, celebramos. Para nós, ter alguém que vive o carisma agostiniano à frente da Igreja é um presente.”
Leão XIV se tornou o primeiro papa agostiniano e antes, ocupou cargos importantes como prior-geral dos agostinianos. Para eles, é um irmão próximo, alguém que já partilhou refeições e diálogos simples com religiosos, mostrando desde cedo sua marca: a proximidade e o desejo de caminhar junto.
O Pontífice traz em sua espiritualidade as marcas da tradição agostiniana. Assim como Santo Agostinho, que viveu a busca inquieta pela verdade, Leão XIV demonstra colocar Cristo no centro de cada decisão.
Frei Eberson recorda:
“Santo Agostinho fala Isso permanece atual e presente no ministério do Papa Leão XIV.”
de liberdade, do desejo humano e da busca pela verdade.
Entre as principais convergências, destacam-se:
• Interioridade e verdade: Agostinho dizia que Deus habita no mais íntimo do ser humano. O Papa repete esse convite à escuta interior para encontrar Cristo. • Vida em comunidade: para Agostinho, viver a fé em fraternidade é essencial. Leão XIV traz esse mesmo olhar ao propor um pontificado marcado pela sinodalidade e pelo diálogo. • Cristo como centro: Agostinho sempre colocou Cristo como cabeça da Igreja. O lema do Papa, “In Illo uno unum”, que traduz “embora nós cristãos sejamos muitos, no único Cristo somos um” reforça essa mesma convicção. • Proximidade com o povo: Agostinho foi pastor atento às necessidades do seu tempo. O Papa segue essa inspiração ao chamar todos para caminhar juntos, valorizando culturas e realidades diferentes. |
O desafio da contemporaneidade
Santo Agostinho escreveu sobre quase tudo: liberdade, bem e mal, desejo, fé. Frei Eberson explica que isso torna seu pensamento sempre atual:
“Em qualquer área que olhamos, encontramos Agostinho. Ele continua sendo direção clara para o presente.”
No mesmo espírito, Leão XIV já mostrou seu desejo de diálogo corajoso com o mundo contemporâneo, atento às periferias, à piedade popular e às novas formas de evangelização.
Apesar do peso do ministério, Frei Eberson ressalta que Leão XIV se apresenta como alguém próximo: “Ele é Papa, mas continua sendo nosso irmão. Essa proximidade é fantástica.”
Essa atitude reflete o ensinamento de Santo Agostinho: “Convosco sou cristão, para vós sou bispo.” Uma frase que ecoa no coração do novo pontificado.
O Papa convida a Igreja a viver a esperança. Seu olhar agostiniano aponta para um caminho de diálogo, unidade e compromisso com os mais vulneráveis.
“Ele será sempre um irmão para toda a Igreja. Alguém aberto ao diálogo e à paz, levando o legado de Santo Agostinho para o coração do mundo”, conclui Frei Eberson.
arrow_forward Relembre, com carinho, um momento especial de um dia como hoje, em 2013, do Papa Francisco com Robert Prevost, na época prior-geral dos Agostinianos:
:: Acesse a12.com/santopadre e veja mais notícias do Papa Leão XIVFonte: CNBB
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