Há 50 anos que a Igreja Católica do Brasil celebra, em setembro, o mês da Bíblia. Seu início deu-se numa programação de estudos bíblicos da Arquidiocese de Belo Horizonte, em 1971. A partir daí, o Serviço de Animação Bíblica das Irmãs Paulinas passou a divulgar a celebração do mês dedicado à Bíblia; a CNBB assumiu a data e oficializou em todo o país.
O mês escolhido foi em virtude da memória de São Jerônimo, em 30 de setembro, ele que foi tradutor da Bíblia, do grego e do hebraico para o latim.
:: “Mostre sua Bíblia” é o convite do A12 no mês de Setembro

São Jerônimo, grande tradutor e apaixonado pelas Sagradas Escrituras
O Papa Francisco, falando de São Jerônimo, em 30 de setembro de 2020, dia em que é celebrada a sua memória, o classificou como “um apaixonado estudante da Sagrada Escritura, que fez dela o motor e o alimento da sua vida”. Para ele, o santo deixou à Igreja uma herança capaz de levar cada cristão a “um terno e vivo amor à Palavra de Deus escrita”.
Não poupou termos para levar os cristãos a o conhecerem mais e valorizarem sua contribuição para que a Palavra de Deus fosse propagada:
“Estudioso, tradutor, exegeta, profundo conhecedor e apaixonado divulgador da Sagrada Escritura; intérprete primoroso dos textos bíblicos; defensor ardente e, por vezes, impetuoso da verdade cristã, e guia espiritual na sua generosidade e ternura. E passados mil e seiscentos anos, a sua figura continua a ser de grande atualidade para nós, cristãos do século XXI”.
A força e os efeitos da junção entre a Oração e a Palavra de Deus
Para Francisco, a “leitura das Sagradas Escrituras deve ser acompanhada de oração, para que seja possível o diálogo entre Deus e o homem”. E afirma que os textos bíblicos não foram escritos para “permanecer no papel, mas para serem recebidos por uma pessoa que reza, fazendo-os brotar no próprio coração”.
Portanto, com essa afirmação, o Papa mostra a necessidade da oração para que “a Palavra venha habitar em nós e nós habitemos nela”. E relaciona alguns efeitos que a Palavra provoca:
“Inspira bons propósitos e apoia a ação; dá-nos força e serenidade, e até quando nos põe em crise, nos dá paz. Em dias ‘maus’ e confusos, assegura ao coração um núcleo de confiança e amor, que o protege dos ataques do maligno”.

O perigo de utilizar a Bíblia Sagrada com segundas intenções
O Papa Francisco chama a nossa atenção quanto ao perigo de utilizar a Palavra de Deus com segundas intenções, com propósitos próprios:
“Devemos nos aproximar da Bíblia sem segundas intenções, sem a instrumentalizar. O fiel não procura nas Sagradas Escrituras o apoio para a própria visão filosófica e moral, mas porque espera um encontro; sabe que aquelas palavras foram escritas no Espírito Santo, e que, por isso, nesse mesmo Espírito devem ser acolhidas e compreendidas, para que o encontro se realize”.
Leia MaisBíblia de Aparecida completa 18 anos em 2024Outro alerta do Papa Francisco é quanto à fidelidade ao ‘texto bíblico’ e o cuidado com as ‘interpretações subjetivas’:
“Permanecendo sempre fiel ao texto, começo a perguntar-me o que ele me diz. Este é um passo delicado: não devemos resvalar para interpretações subjetivas, mas devemos fazer parte do caminho vivo da Tradição, que une cada um de nós à Sagrada Escritura”.

O Papa indica um método fácil de aprofundar a Palavra de Deus
Entre tantos métodos e experiências ricas na tradição cristã, o Papa indica a ‘lectio divina’:
“Trata-se, primeiramente, de ler a passagem bíblica com atenção e tentar compreender o que ela significa em si mesma. Em seguida, entra-se em diálogo com a Palavra para que as palavras se tornem um motivo de meditação e oração. Permanecendo sempre fiel ao texto, começo a perguntar-me o que ele ‘diz a mim’.
O último passo é a contemplação. Aqui as palavras e os pensamentos dão lugar ao amor. O texto bíblico permanece, mas como um espelho, como um ícone a ser contemplado. E, assim, se há diálogo”.
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