O início do mês de agosto traz à nossa memória histórica dois acontecimentos muito importantes para a Congregação Redentorista: um ato de benevolência de Sua Santidade, o Papa Pio VI, corrigindo um erro histórico cometido contra Santo Afonso e a realização do Capítulo Geral da Congregação, em Pagani, com a eleição do Padre Andrea Vilani.
Um erro histórico e uma injustiça
Através de um decreto, assinado no dia 22 de setembro de 1780, o Papa Pio VI, mal-informado pelo Padre Leggio, excluiu da Congregação o nosso fundador Santo Afonso e seus companheiros, demitindo-o de seu ofício de Reitor-Mór para as casas redentoristas dos Estados Pontifícios, tirando-lhe ainda os privilégios concedidos para as missões. Leia MaisSanto Afonso Ligório e o Papa Francisco7 fatos marcantes na história de Santo Afonso de LigórioConheça o redentorista que colaborou com as publicações de Santo Afonso
Naquele tempo, o rei de Nápoles estava em litígio com a Santa Sé e, com isso, as casas redentoristas existentes no Reino foram declaradas fora da Congregação e, com elas também Santo Afonso foi excluído do instituto por ele fundado.
Três anos mais tarde, no dia 4 de agosto de 1783, o mesmo Papa Pio VI, agora melhor informado, tendo consultado os arcebispos e bispos do Reino que lhe apresentaram a inocência de nosso santo fundador, devolveu a Santo Afonso e aos missionários do Reino, em seu trabalho nas missões, as indulgências e graças espirituais que os religiosos desfrutavam. Esses privilégios foram concedidos a todos os membros da Congregação Redentorista nos Estados Pontifícios, dos quais hoje restam o Vaticano, o Palácio de São João de Latrão e Castelgandolfo, sob o controle da Igreja, para aqueles do reino, bem como para missões e para as demais funções eclesiásticas.
Esta concessão, compreensivelmente, encheu de alegria o coração de Santo Afonso e de todos os seus filhos espirituais, felizes pelos benefícios que poderiam continuar proporcionando ao povo por eles atendido.
Capítulo Geral realizado em Pagani
O referido capítulo provocou a eleição do Padre Andrea Villani, como Reitor-Mor da Congregação, mantendo Santo Afonso como Reitor-Mor emérito e vitalício.
Padre Villani possuía bom senso de governo e delicadeza nos relacionamentos. Por isso, quando Santo Afonso foi eleito bispo, foi-lhe confiado a tarefa de Vigário-Geral para governar a Congregação. E quando o Santo doutor morreu, foi eleito Reitor-Mór a pleno cargo.
Nosso fundador Santo Afonso, sentindo esgotarem suas forças, já havia apresentado várias vezes a renúncia ao cargo de Reitor-Mór, mas as situações complicadas que a Congregação estava vivendo impediram que seu afastamento fosse concretizado.
Finalmente, depois de várias mudanças, com um duplo favorecimento tanto do Papa, como do rei de Nápoles, acreditou que poderia, com segurança, confiar a outro confrade a ingente tarefa que tinha assumido há meio século.
Com a autorização do rei, em 4 de agosto de 1783, Santo Afonso convocou um Capítulo Geral para eleger um reitor com o direito de sucessão, e também com plenos poderes durante o tempo que lhe restava para viver.
Uma das principais preocupações dos Capitulares foi a de fortalecer a disciplina mais ou menos relaxada, devido ao mal dos tempos que se vivia e às vicissitudes dolorosas pelas quais a Congregação havia passado.
Um grupo de 44 capitulares escolheu os seis consultores, quase por unanimidade, os dignos companheiros de Afonso: Padres Mazzini, Villani, Tannoia, Alessandro di Meo, Corrado e Pavone, que o haviam encorajado e consolado no tempo da triste separação.
O reitor eleito foi o Padre Andrea Villani, tendo ao Padre Pavone como conselheiro, ele que, com sua firmeza e vigilância, trouxe equilíbrio para a ocasião.
Padre Andrea Villani era amigo, companheiro e confessor de Santo Afonso.
Quando ele faleceu, os confrades colocaram sob sua pintura esta inscrição: “O reverendíssimo Pe. Andrea Villani, primeiro Reitor-Mór depois do fundador da Congregação do Santíssimo. Redentor, famoso por seus natais, mas ainda mais por suas nobres virtudes, sobretudo, pelo desprezo de si mesmo, sua delicadeza, e vivo interesse pela Eucaristia e pela Virgem Mãe de Deus, com a idade de 86 anos, vividos 50 anos na Congregação, morreu santamente em Pagani no dia 11 de abril de 1792”.
.:: Saiba mais sobre a vida do sucessor de Santo Afonso na Congregação Redentorista ::.
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