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Irmão Simão, o marceneiro

Herança do missionário redentorista continua presente na Província Nossa Senhora Aparecida

Escrito por Redentoristas

26 JAN 2024 - 12H10 (Atualizada em 26 JAN 2024 - 16H25)

Reprodução

Irmão Simão, que tinha como nome Corbiniano Veicht, foi o último da primeira turma dos pioneiros alemães a falecer. Chegou ao Brasil em 1894, ainda como noviço, e fez sua profissão religiosa na Congregação em 1899. Pessoa encantadora, muito humilde, piedoso, gostava de estar sempre presente nos momentos comuns da comunidade.

Leia MaisIrmão Bento Hiebl, artista sacro da Congregação RedentoristaEm terras brasileiras, trabalhou em Goiás até 1913, onde contribuiu como pedreiro e marceneiro na construção da primeira casa e da primeira igreja de Campinas. Depois, foi para Aparecida, esteve por um tempo em Cachoeira do Sul, e voltou novamente para Aparecida, quando foi transferido pela última vez para São João da Boa Vista, em São Paulo. 

Nos lugares onde morou, Irmão Simão exerceu o ofício de marceneiro, sempre com muita habilidade.

Calcula-se que o redentorista tenha feito mais de 40 altares, entre eles o da Capela privativa do Convento Velho em Aparecida, produzido em 1912. Também é de sua autoria a grandiosa obra do forro da Igreja do Perpétuo Socorro, em São João da Boa Vista.

No Inventário de Bens da antiga Província de São Paulo há uma identificação sobre a obra do altar do Convento Velho.

"Altar de madeira de estilo gótico, tendo mesa e retábulo ornados com entalhes em relevos de metal dourado. O sacrário, ao centro inferior do retábulo, tem duas portas, demarcado por colunas nas laterais e ladeado por dois nichos relicários fechados com vidros, revestidos de tecido prateado e branco com incrustações de pedras coloridas". 

O inventário ainda identifica o entalhe das palavras "Alfa e Ômega" e "Maria", na obra.

Na descrição acima, não deve passar despercebido os dois nichos relicários que compõem o altar. Neles, várias relíquias de santos, entre eles alguns redentoristas e outros relacionados às devoções próprias da congregação. 

Já a obra do Santuário redentorista, reconhecido como herança do estilo neocolonial, foi feita em parceria com outros dois artistas alemães redentoristas: os irmãos José Uschold e Baltazar João Dess. 


Trabalhou até o final da vida, e quando as forças não mais o permitiram, passou a dedicar-se à oração, principalmente, à reza do terço.

Morreu no dia 26 de janeiro de 1959 de forma calma e serena. Tinha 91 anos, sendo destes 65 como Redentorista.

Antes de morrer, sua última demonstração de fé: agarrou-se à sua cruz de madeira (que estava sempre sobre sua cama) apertou-a contra o peito, e encolhendo-se todo, esperou que a morte chegasse. Quando ela chegou, ele já estava morto, para o mundo, e para si mesmo. 

Fonte: Aqueles que nos precederam.

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