Para nosso crescimento espiritual, Santo Afonso nos propõe neste mês a virtude da Pobreza. A pobreza como virtude é a pobreza voluntária, não a pobreza por privação dos bens essenciais.
A pobreza causada não pode ser virtude, mas sim, injustiça social, negligência!
Confira a reflexão no vídeo, ou leia abaixo:
A loucura do acúmulo gera uma falsa sensação de segurança. Recordemos a passagem do homem que acumulou em seu celeiro, Jesus o chamou de louco. Louco é todo aquele que acredita que o dinheiro o poderá salvar.
Essa virtude deve ser vista a partir da perspectiva do texto bíblico que nos inspira esse mês: “Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus” (cf. Mt 5,3). No Sermão das bem-aventuranças, Jesus enaltece a capacidade dos homens de se desapegarem das coisas materiais em vista do Reino. A pobreza só é frutuosa e virtuosa se vivida em vista do Reino. Caso contrário, ela será apenas discurso demagógico.
Diante dos bens materiais, devemos nos fazer três perguntas: Posso? Preciso? Devo?
Fazer-se simples com os simples, pobre com os pobres é um projeto evangélico. Quando Jesus subiu o monte e proferiu o seu Sermão, Ele sabia que maior parte dos que ali estavam eram pessoas pobres, cuja única riqueza era a esperança messiânica.
O ideal de pobreza proposto por Jesus Cristo é a capacidade de desvincular-se das coisas, de modo que, levando uma vida humilde, eu seja capaz de me doar ao outro. Como diz o provérbio: “Ninguém é tão pobre, que não possa dar, nem tão rico, que não possa receber”. Cada um é escravo do que lhe venceu.
A pobreza, causada pela injustiça, é algo a ser erradicado, para que assim todos vivam em uma condição de vida melhor. Devemos olhar a pobreza na perspectiva do distacco — desapego das coisas. Foi assim que Santo Afonso propôs aos seus missionários viver a pobreza.
Os bens materiais são coisas que colaboram para nosso bem-estar, eles estão ao nosso serviço, e não o contrário. O acumular pode parecer fascinante; porém, devemos nos deixar evangelizar pelas coisas simples. Nem a pobreza, nem a riqueza tem sua finalidade em si; tanto uma quanto a outra devem ter a humildade de Cristo como meta.
Para o Redentorista e para todos aqueles que desejam nutrir-se de nossa espiritualidade, o desapego significa sobretudo liberdade apostólica.
Certa ocasião, o poeta francês Victor Hugo exclamou: “Quem não é capaz de ser pobre, não é capaz de ser livre”. Tudo o que temos, devemos ter em vista do bem, da promoção da dignidade humana. Pois nos advertiu Santo Agostinho: “Não há riqueza mais perigosa do que uma pobreza presunçosa”.
Veja tambémVirtude do mês: amor ao próximo
Assim como a pobreza pode nos libertar do apego, quando mal compreendida, ela pode nos tornar cativos de realidades injustas.
A respeito da pobreza, assim nos ensinou Madre Teresa de Calcutá: “A falta de amor é a maior de todas as pobrezas”. Onde não há amor há miséria, miséria humana!
Sobre a virtude da pobreza, Santo Afonso nos ensina:
“A Vossa pobreza, ó meu Jesus, é que obrigou tantos santos a deixarem tudo, riquezas, honras e até coroas, para viverem pobres convosco”.
Ao meditarmos, neste mês, a respeito da virtude da pobreza, estejamos abertos para aprender com tantos que, desprendidos das coisas materiais, entregam-se totalmente a Deus. Que a pobreza nos inspire dois sentimentos: humildade e indignação. Humildade no uso dos bens e indignação frente às injustiças sociais.
Oração
“Meu divino Redentor, pelo fato de abraçardes as humilhações com tanto amor durante a Vossa vida, Vós as tomastes tão honrosas e desejáveis, que eu, de agora em diante, quero pôr toda a minha glória em sofrer convosco e por Vós: Longe de mim o pensamento de buscar a minha glória em outra coisa fora da cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Virtude do Mês — Maio: Pobreza Padroeiro: São Tomé |
A Virtude do Mês, apresentada pelo irmão André Luiz Oliveira, C.Ss.R., é uma promoção do Centro Redentorista de Espiritualidade (CERESP); um organismo da Província Redentorista de São Paulo que existe desde 1992, sediado no Seminário Redentorista Santo Afonso.
Ele tem como missão principal fomentar a vivência, pesquisa, articulação e dinamização da espiritualidade redentorista como os ensinamentos de Santo Afonso Maria de Ligório, para contribuir na formação permanente dos Missionários Redentoristas.
Outra finalidade fundamental é contribuir na formação de leigos ligados às frentes de trabalho da província e outras pessoas interessadas nos temas que o organismo oferece.
Fonte: Consulta: LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano. Tomo II. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 375-377. Idem, pp. 380-382.
Nossa Senhora Aparecida e os Missionários Redentoristas
História de 130 anos de amor, respeito e gratidão dos filhos espirituais de Santo Afonso pela Padroeira do Brasil. Saiba mais!
20 sinais de que você pode ser padre!
Já parou para pensar em quais sinais ou qualidades indicam que alguém pode ser um bom candidato ao sacerdócio? Veja a lista!
Salve a Padroeira do Brasil, Mãe do Redentor!
Três humildes pescadores mostraram para o Brasil a manifestação amorosa de Deus quando, em sua rede, apareceu Aquela que reconstruiria a esperança e a fé do povo brasileiro.
Boleto
Carregando ...
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Carregando ...
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.