Os desafios que se apresentam no contexto social brasileiro são profundos e históricos. As desigualdades sociais sempre foram maquiadas e encaradas de maneira latente. As características geográficas, regionais, culturais, religiosas e eclesiais, via de regra, foram narradas como se a unidade, a cordialidade e a fraternidade fossem sempre fartas nesta terra, porém, temos de constatar que não são tanto assim. Leia MaisSaiba o que é o Tirocínio Missionário dos Redentoristas“Informativo da Província” destaca Capítulo Geral e o futuro da Congregação
Os contrastes e as diferenças na sociedade brasileira são brutais e sempre se manifestaram. Mas houveram vozes dissonantes que ficaram abafadas. Basta ver a história dos povos originários, escravizados e dizimados, assim como as nações africanas escravizadas, a labuta dos imigrantes, das mulheres e demais minorias.
É fato: houveram insurreições no Brasil. Embora em contextos e épocas diferentes, foram vários os movimentos. Mencionamos alguns: Zumbi (Quilombo dos Palmares), Antônio Conselheiro (Guerra de Canudos), Lampião e Maria Bonita (Cangaceiros Nordestinos), Guerra do Contestado (Em Santa Catarina e Paraná), as lutas de tantas mulheres (artistas, escritoras, políticas) para participarem como cidadãs nas políticas e nas ações sociais e culturais do país.
As causas operárias, as lutas pela posse da terra marcaram a agenda deste país. Contudo, a força repressora agiu sem piedade no intuito de abrandar todos esses movimentos.
Um país com dimensões continentais, um único idioma - a Língua Portuguesa - falado de norte a sul, de leste a oeste, e um povo hospitaleiro, cordial, com espírito alegre, unido pela festa, pelas religiosidades, pelo futebol e o carnaval.
Tudo aqui é muito favorável, a natureza é exuberante e pacífica, sem desastres naturais, onde não há tufão e terremoto, mas o Brasil é muito mais. Não dá para se satisfazer com uma descrição curta e ufanista, se considerarmos as diferenças culturais e os abismos econômicos e financeiros existentes.
As diferenças foram sempre apaziguadas e venderam-se a ideia de que aqui habitavam pessoas resignadas e submissas. Quem comprou esse produto foi o próprio povo, às custas do derramamento de seu suor e sangue.
Os olhares colonialistas se encheram pela vastidão territorial e possibilidades de explorações. Essa visão perenizou nessas terras apropriadas para o trabalho e a expansão da riqueza. Os reinos: mineral, vegetal e animal, aqui são abundantes, com dimensões incalculáveis, por isso, os interesses que movem as montanhas, derrubam as florestas e expandem as pastagens para a produção de proteínas e o cultivo de cereais para nutrir parte da humanidade e lucropretar grupos que detêm poderes econômicos e influências políticas.
Que haja consciência de que somos um povo. Pertencer a um povo é fazer parte de uma identidade comum, formada por vínculos sociais e culturais. Essa formação é um processo lento e difícil. Daí a necessidade do resgate da memória histórica, de perceber que a miscigenação é adição e jamais divisão. A pluralidade dá abertura ao diferente, ao diálogo, à inclusão, e a festa popular será possível. Que não haja discriminação de nenhum grupo ou etnia, mas unidade.
Fonte: Texto escrito originalmente para a revista "Informativo da Província"
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