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Vivendo o Ano da Oração nos passos de Santo Afonso

Quando falamos em oração, recordamos de Santo Afonso que é chamado de ‘Doutor da Oração” e isto não é por acaso

Escrito por Pe. José Inácio Medeiros, C.Ss.R.

04 MAR 2024 - 17H10 (Atualizada em 05 MAR 2024 - 09H53)

Thiago Leon

No Terceiro Domingo do Tempo Comum, no dia 21 de janeiro de 2024, o Papa Francisco abriu oficialmente o Ano da Oração como forma de preparação para o grande jubileu do próximo ano.

Os próximos meses nos aproximarão do Jubileu de 2025, sendo necessário que nos preparemos bem para este ano especial de Graça e de bênçãos, com intensa, fervorosa, verdadeira e renovada vida de oração. 

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O ano de 2024 será não apenas um ano dedicado à oração, tendo ainda a motivação de nos ajudar a redescobrir o valor da oração pessoal e sua absoluta necessidade na vida de todos os cristãos, da Igreja e do mundo inteiro.

A oração com traços alfonsianos

Quando falamos em oração, recordamos de Santo Afonso, que é chamado de “Doutor da Oração” e isto não é por acaso.

Pelo menos duas razões fazem Santo Afonso ser reconhecido em todos os lugares: Pelo canto “Tú scendi dalle stele”, que ainda hoje é muito cantado, e também pelo aforismo: “Quem reza se salva, quem não reza se condena”.

Thiago Leon
Thiago Leon
Homem rezando durante a romaria do Terço dos Homens, em Aparecida


Tanto hoje, como no tempo de Afonso, não podemos negar a necessidade e importância da oração em nossa vida e na vida de todos os cristãos. Pessoas que estejam adormecidas em sua fé podem ter variados motivos para justificar sua falta de compromisso com a oração: “Ah, eu não sei rezar”, dizem uns; “eu não tenho o carisma da oração”, afirmam outros; “não tenho tempo ou não gosto de ficar rezando e somente recitando fórmulas decoradas porque isso não é para mim”. Por fim, alguns ainda questionam: “por que falar para Deus das coisas que ele já sabe… isso me deixa aborrecido”!

Afonso de Ligório, como um homem sábio, conhecedor das fragilidades da alma humana que era, para exortar à oração, compôs uma obra intitulada “O grande meio da oração” onde ele escreve que: “A oração é a segurança para aqueles que correm o risco de naufragar” ou também que “a oração é um grande tesouro de riquezas para quem é pobre”, ou ainda “é um remédio muito eficaz para os doentes”, falando também que “a oração é uma proteção para aqueles que querem crescer na vida de santidade”.

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A oração faz com que a pessoa se abra à graça de fazer diariamente a vontade de Deus para alcançar a santificação.

A oração permite que o ser humano faça amizade com Deus, por ser um diálogo interior com Ele, fonte de força e criatividade indispensável para sua vida moral.

Para Santo Afonso, rezar deve ser uma conversa constante e familiar com Deus. Não uma oração feita por medo, por vergonha ou, pior ainda, feita por obrigação ou com amargura. Orar, segundo ele, é manter-se com amor, confiança e familiaridade no trato com Deus. A imagem que Afonso oferece é a do diálogo entre amigos, na verdade, com o mais querido amigo.

Segundo ele, para ser familiar, a oração deve ser frequente e intensa. Não podemos falar com Deus de forma apressada ou como coisa secundaria, num único dia. Pelo menos o início e o fim do dia devem ser dedicados a isto. “Não devemos deixar que a dificuldade de encontrar tempo nos imobilize. Se estivermos convencidos da necessidade da oração, seremos capazes de conseguir tempo para isso, recuperando aquilo que arriscamos estragar”.

Caminho de crescimento

A oração não foge da dinâmica do gradualismo. É um caminho de crescimento para a perfeição que culmina no amor de Deus. A oração ao vivo, de medíocre, tornar-se-á fervorosa, de rara tornar-se-á frequente e habitual porque, se Deus está sempre presente na vida do homem, o homem também deve estar sempre presente em Deus.

Kittirat roekburi / Shutterstock
Kittirat roekburi / Shutterstock
Não podemos falar com Deus de forma apressada ou como coisa secundaria, num único dia


Com o tempo a pessoa passará daquela oração discursiva e apressada para a oração feita com tempo e profundidade, de um simples olhar de quietude, passando da obscuridade à luz, até atingir a vertente completa da contemplação.

A conclusão de cada oração é o apelo à intercessão de Maria. Não temos acesso ao Pai, senão pelo Filho, que é o mediador de sua justiça, porém, não temos acesso ao Filho senão pela Mãe que é mediadora de todas as graças. Por sua intercessão alcançamos os méritos que Jesus já obteve para todos nós.

Buscando sintetizar o pensamento de Afonso sobre a oração, podemos dizer que orar é como respirar, é uma necessidade vital e natural, pois assim como não há necessidade de ninguém nos ensinar a respirar, já estando qualificados para isso, para orar e falar com Deus pessoalmente, face a face, não há necessidade de ninguém ensinar, não demora tempo para aprender.

Precisamos aprender a fazer de cada momento de nossa vida uma oração, um constante pensamento voltado para Deus. Desde o agradecimento pela dádiva de um novo dia que começa, pelo agradecimento pelo dia que ele nos concedeu, até que chegue o sono, são muitos os pensamentos que podemos dirigir a Deus, e todos eles são formas de oração. E quando fecharmos os olhos para adormecer, que as batidas de nosso coração continuem a ditar o ritmo de nosso louvor ao Deus do Amor.

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Fonte: Sca

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