Conheça assistente social que escolheu profissão em meio ao sofrimento

Patrícia Rita de Jesus descobriu sua profissão em meio a uma situação de sofrimento. Ao buscar ajuda em um serviço de assistência social de sua cidade, acabou recebendo o que menos precisava: indiferença e desamor.

A profissão de assistente social exige um constante contato com a população. Esse profissional costuma ser a primeira pessoa que orienta, ampara e encaminha os serviços sociais para uma família. Se nesse primeiro contato, alguém que está numa situação de vulnerabilidade não encontra apoio, o caminho será ainda mais difícil. Patrícia resolveu ser assistente social porque via a necessidade de um tratamento mais humanizado entre o profissional e o assistido.

“Uma vez eu precisei da assistência social numa época de muita fragilidade em minha vida, e não fui bem recebida. Então, percebi que era preciso pessoas ‘humanas’ para lidar com humanos, e decidi que essa era minha profissão e fui fazer Serviço Social”, lembra.

Arquivo CAS

Patrícia acompanha crianças no CAS Santíssimo Redentor, em Aparecida.

Hoje, ela trabalha no Centro de Assistência Social Santíssimo Redentor, em Aparecida (SP), uma obra social redentorista, e sente que está no lugar onde sua profissão é valorizada e que pode fazer o que mais identifica o assistente social: ajudar as pessoas a conhecer e alcançar os seus direitos.

“Quem olha de fora pensa que não tem mais jeito, mas tem. A forma que a gente orienta, defende e garante o direito nas diferentes políticas é fundamental para cada pessoa que a gente acompanha. Aqui no CAS existe um respeito muito grande à nossa profissão e nos ajuda em nosso trabalho”, conta. 

Patrícia sempre quis trabalhar nas obras sociais do Santuário ou da Congregação do Santíssimo Redentor para ficar próxima de sua família. Em uma oportunidade, com a abertura de um processo seletivo, ela estava ocupando um cargo de chefia, mas não hesitou em participar. Foi então que a vida dela mudou totalmente. 

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"Eu lembro que, no dia da seleção, disse que era a mão de Deus na minha vida, porque eu sempre sonhei com esse trabalho. Então, eu acabei decidindo trocar um cargo comissionado pra vir trabalhar no CAS. Até acredito que foi uma forma de gratidão, por tudo o que eu passei e por tudo o que eu consegui realizar, em torno do que a Igreja realiza aqui em Aparecida", recorda. 

O Centro de Assistência Social Santíssimo Redentor, ou simplesmente, CAS Santíssimo Redentor, é uma das oito obras que acolhem desde crianças até idosos em programas sociais, que visam favorecer o desenvolvimento psicossocial, autonomia, geração de renda e fortalecimento da convivência comunitária e familiar.

Pelos centros de assistência já passaram milhares de pessoas que conquistaram uma profissão, redescobriram sua autoestima e melhoraram sua qualidade de vida. Uma delas é Daniele Moreira, 26 anos, que decidiu que seria assistente social depois de passar quatro anos como assistida do CAS São Geraldo, em Potim (SP).

“O CAS me ajudou a descobrir o que queria ser. Hoje, depois de formada, eu digo que foi onde me encontrei”, reflete.

Arquivo Pessoal.

Daniele com suas irmãs e seu pai no dia de sua formatura.

Patrícia e Daniele são exemplos de que a profissão de assistente social é fundamental numa realidade em que os direitos precisam ser resguardados e conhecidos. “A nossa principal missão é lutar pelo respeito e garantir o direito das famílias, trabalhar por políticas públicas melhores, equidade e igualdade social independe de classe, cor, gênero”, finaliza.

Para conhecer as Obras Sociais Redentoristas e os programas de atendimento a crianças, jovens, idosos e famílias acesse o endereço A12.com/obrassociais.