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Dom Orlando: Lava-Pés como impulso para caminhar em direção ao próximo

“Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros” (São João 13,34)

Escrito por Letícia Dias

17 ABR 2025 - 21H12 (Atualizada em 18 ABR 2025 - 08H17)

Na noite desta Quinta-Feira Santa, o Santuário Nacional recebeu inúmeros fiéis, devotos de Nossa Senhora, durante a celebração da Santa Missa da Ceia do Senhor, conhecida como Missa de Lava-Pés, às 20h.

A celebração eucarística, presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, marcou o início do Tríduo Pascal e foi animada pelo Ir. Alan Patrick Zuccherato, C.Ss.R, diretor de Arte e Pastoral da TV Aparecida.

Neste dia recordamos Jesus, que, ao lavar os pés de seus discípulos, ensinou o verdadeiro significado do amor e da solidariedade. Desse modo, como foi dito no comentário inicial:

“Ele que nos amou sem limites, nos concede o dom do sacerdócio e da Eucaristia. Que tenhamos a Sua mesma força, imitando-O no amor e no serviço solidário aos irmãos e irmãs, lavando os pés de tanta gente sofrida, cansada e ferida...!”

Inspirado pela Campanha da Fraternidade deste ano, Dom Orlando destacou, em sua homilia, a dimensão ecológica de nossa fé.

“Ensina-nos, Senhor, a cuidar da natureza, porque é cuidar da vida”, disse, ao lembrar que os elementos da Eucaristia, como o vinho e a água, vêm da própria natureza. Para o arcebispo, a comunhão eucarística é também um chamado a integrar a vida, a fé e a responsabilidade com a Casa Comum.

Ao reafirmar o vínculo entre fé e compromisso com a dignidade humana, Dom Orlando recordou o gesto de Jesus, que se ajoelha para servir, como um mandamento atual:

“O mais importante é que Jesus disse assim: ‘O que eu fiz, fazei vós também’. Vamos observar esse mandamento do lava-pés, que é exatamente amar o irmão. Lava-pés que é o Evangelho, primeiro mandamento.”

Dom Orlando fez um convite a todos para abandonarem o orgulho, o egoísmo e a violência e se revestirem de humildade, fraternidade e paz. Em oração, pediu:

“Ó Jesus, ensinai-nos a nos despir do orgulho – senão, não há lava-pés – e revestir-nos de humildade. Despir-nos do egoísmo e revestir-nos de fraternidade. Despir-nos da violência que está matando cruelmente tantas vidas e revestir-nos de paz. Despir-nos do ódio e revestir-nos do perdão. Despir-nos do racismo e de qualquer desrespeito humano e revestir-nos do respeito à dignidade da pessoa humana.”

E concluiu com um chamado concreto ao compromisso:

“Lava-pés é boa comunicação. Vamos pedir, neste Ano Santo, que a gente possa lavar nossa alma e nosso coração. Que tenhamos pés missionários, porque fazer um rito é muito fácil. Agora, ter pés missionários é o puro lava-pés. É caminhar na direção dos nossos irmãos. É ser peregrino da esperança.

Na cerimônia do Lava-Pés foram convidados aqueles que colaboram na Pastoral da Ecologia, representantes da usina fotovoltaica e também os que cuidam das áreas verdes e de todo projeto de reflorestamento do Santuário Nacional.

Após a comunhão, o Santíssimo Sacramento foi conduzido em procissão até a Capela São José, onde ficou exposto em vigília. Depois de um instante de adoração, Dom Orlando, os concelebrantes e seus auxiliares retiraram-se em silêncio, e o altar foi despojado. A celebração não teve bênção final, pois o Tríduo Pascal segue nos próximos dias, convidando todos os devotos a um momento de recolhimento e oração.

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Veja a Homilia completa de Dom Orlando Brandes  play_circle_filled

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