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Pentecostes: os dons de Deus para um mundo reconciliado

Escrito por Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

21 MAI 2021 - 07H00

Neste domingo (23), a Igreja Católica celebra a Solenidade de Pentecostes. Acompanhe as celebrações eucarísticas do Santuário de Aparecida, clique aqui para conferir os horários.

📓 Acompanhe as leituras de domingo: At, 2, 1-11 I Sl 103 I 1Cor 12, 3b-7.12-13 I Jo 20, 19-23

Entenda um pouco mais sobre esta solenidade:

Santificai vossa Igreja

O Espírito Santo é muito desconhecido na Igreja Ocidental e bastante reconhecido na Igreja Oriental. Perdemos a reflexão dos antigos santos escritores. Temos que conhecê-lo melhor. É certo que a Renovação Carismática trouxe uma contribuição.

É necessário conhecer melhor e purificar nossa fé na Terceira Pessoa da Santíssima Trindade (Oferendas). Não terceira por vir em terceiro lugar, mas por sua revelação. Jesus no-Lo fez conhecer e no-Lo deu em sua Glorificação

A vinda do Espírito Santo está em íntima união com o Mistério Redentor de Cristo, pois Ele O conduz em sua missão a partir de seu Batismo como lemos: movido pelo Espírito foi ao deserto ; ao morrer entregou o espírito (sopro de vida); na noite do domingo da Páscoa dá-lhes o Espírito soprando sobre eles.

A celebração marca essa inauguração do tempo novo, onde se cria o novo povo de Deus, como foi no Sinai para o Povo da Aliança. Não mais com um povo, mas com todos os povos, pois ali estavam representadas todas as nações do mundo.

A diversidade de línguas significa que o Evangelho pode ser entendido por todos, pois é o Espírito quem dá a compreensão como dizem os povos: “todos nós escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua” (At 2,11).

A festa de hoje santifica toda a Igreja, revitalizando nosso relacionamento com Deus pelo Espírito que habita em nós.

Para ser dom

Pedimos na festa de Corpus Christi que o Pai “derrame por toda a extensão do mundo os dons do Espírito, pois desde o nascimento da Igreja, é Ele quem dá a todos os povos o conhecimento do verdadeiro Deus, e une em uma só fé a diversidade das raças e línguas.

O Espírito Santo se manifesta em dons. Ele é o Dom que reparte os dons, não para um orgulho pessoal, para serem empregados na vida de todos. O dom é uma riqueza para si, mas cresce à medida que usamos para o crescimento do corpo de Cristo.

A missão do Espírito é levar a Redenção de Jesus aos corações de cada um e ao coração do mundo. A Igreja se faz ministra desse dom; “Soprando sobre os apóstolos disse: ‘Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados’” (Jo 20,22-23) .

Esse perdão e a Redenção da humanidade e não só um perdão dado em voz baixa, numa atitude intimista e desligada do mundo. Recebemos o dom da Redenção e somos co-responsáveis de levar adiante esse ministério da reconciliação universal. Nós o exercemos, como nos diz Paulo, com o dom pessoal de cada um.

Cada um, aplicando seu dom, como os membros do corpo, faz vivo o Corpo de Cristo em missão.

Constante renovação

Pedimos: “Realizai no coração dos fiéis as maravilhas que operastes no início da pregação do Evangelho”.

A divisão das pessoas na dispersão de Babel é restaurada pela vinda do Espírito, que nos une como Corpo de Cristo. Sabemos que o Espírito dá vida à Igreja e vitaliza todos os membros. A própria vitalidade do Espírito na Igreja cura os membros doentes.

A estagnação e mesmo os bloqueios que fazemos ao Espírito, tem conduzido a Igreja a muitos erros na pastoral e na estrutura. O modo de ser Igreja se adapta aos tempos, mas não se fixa. Mesmo pessoalmente, temos que nos renovar sempre. Por isso rezamos: "Vinde, Espírito Santo, enchei o coração dos fiéis... e renovareis a face da terra".

Cada um com sua vassoura

Jesus Ressuscitado, no primeiro encontro com os discípulos, deu-lhes o Espírito Santo. Como Deus soprou sobre Adão para que tivesse vida, Jesus soprou sobre eles, para que recebessem o Espírito Santo, que é a Vida de Deus em nós. Com esse sopro de vida entrega-lhes a missão de levar a remissão dos pecados a todos. Deus quer a reconciliação com Ele e assim gerar um mundo reconciliado.

A reconciliação acontece quando há a unidade. A unidade não é todos fazerem a mesma coisa, e sim colocarem o modo diferente de ser de cada um e o dom que possui, a serviço de todos. Paulo faz a comparação com o corpo. Cada membro tem uma função diferente para o bem de todos. No dia de Pentecostes os apóstolos receberam o Espírito e começaram a pregar.

Sua pregação era entendida por todos, mesmo sendo de línguas diferentes. Quer dizer que o Evangelho pode se pregado em todas as línguas. Cada um usando seu dom, vai anunciar Jesus e construir o Reino de Deus.

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