Acolher o Senhor
Em sua caminhada para Jerusalém, Jesus hospeda-se na casa de seus amigos: Lázaro, Marta e Maria. Jesus sabia ser amigo e sabia amar seus amigos. Acolher Jesus é acolher a Palavra. Por isso Maria, irmã de Lázaro, acolhe e ouve. Marta procura preparar o melhor para que Se sinta bem acolhido. A hospitalidade é um dom característico do oriental. Nesta visita temos um diálogo de Jesus com Marta que nos orienta para o equilíbrio. Esta se desdobra na cozinha e pede a Jesus que mande Maria ajudá-la. Jesus a orienta a primeiro acolher a Palavra e depois completar com a generosa acolhida.
Assim ensina que o serviço só terá sentido se tiver com fonte a escuta do Senhor. Escutamos pouco por isso não aprendemos a servir. Não se pode separar a contemplação do serviço como se fossem duas coisas opostas. Contemplação e ação são dois aspectos de uma única atividade do discípulo, de modo que a ação venha da plenitude da contemplação e a ação dê matéria para contemplação.
Assim acabamos com o superativismo. Vemos que os santos eram pessoas extremamente ativas mas profundamente contemplativas. Sem contemplação não há ação convincente e muito menos resistente ao tempo que passa. Lemos na primeira leitura o texto sobre Abraão que recebe os três homens que são misteriosa presença de Deus. Abraão se esmera no acolhimento dos viajantes. Sua atitude lhe rende a promessa da geração de um filho. Paulo, ao acolher o chamado de Deus de modo tão generoso, tornou-se um presente de Deus a todos que encontrava. Era esta a força de sua evangelização. Cristo, em sua encarnação, acolheu nossa humanidade e nós acolhemos sua Divindade. O acolhimento é participação de uma vida. Por isso se realiza o Mistério de nossa redenção.
Acolher Deus no outro
Maria está sentada aos pés de Jesus. Quem vem a nosso encontro é sempre uma visita de Deus. Abraão não pensou em prêmio ao acolher os três viajantes, mas recebeu um presente imenso que foi a promessa de um filho, o herdeiro da promessa. Toda vez que acolhemos alguém sempre há um dom de Deus que nos é oferecido. Lembramos o que diz a Carta aos Hebreus: “alguns sem saber hospedaram anjos...” (Hb 13,2). O tempo gasto com as pessoas é o tempo mais bem aproveitado. O ensinamento do Evangelho leva-nos a colocar um freio em nossa agitação e atividades acima da real necessidade da vida. Nas famílias não gastamos tempo um com o outro. Sempre estamos ocupados demais. É preciso descansar em Deus, como Maria, ouvindo Deus falar. Assim teremos o que falar.
Perfeitos na união com Cristo
O resultado de nossa união a Cristo é a capacidade de acolher e de participar de seus sofrimentos.Paulo diz: “Completo em minha carne o que falta das tribulações de Cristo em solidariedade com seu corpo, isto é, a Igreja” (Cl 1,24). A presença misteriosa de Cristo em nós é a esperança da Glória. A prática do acolhimento deve ser a prática normal da pastoral. Não há ninguém tão mau que não tenha algo de bom para ser apreciado e acolhido. A própria estrutura pastoral deve se moldar pela necessidade do povo. A união a Cristo leva-nos a estar com Ele ouvindo sua Palavra. Assim seremos muito úteis ao povo de Deus. Saberemos levar-lhe um conteúdo maior de atividade e anúncio. O povo espera de nós uma experiência maior de Deus.
Leituras: Gênesis 18,1-10; Salmo 14; Colossences 1,24-28; Lucas 10,38-42.
Ficha nº 1250 - Homilia do 16º Domingo Comum (21.07.13)
Tirando uma folga
Uma das características de Jesus era o acolhimento das pessoas. Lembramos como Abraão acolheu os três homens que estavam de passagem. Nem sabia quem eram. Era gente que, vindo da parte de Deus, prometeu o nascimento de um filho, herdeiro da promessa.
Jesus vai à casa de Lázaro, Marta e Maria. Maria acolhe Jesus e escuta sua Palavra. Marta se desdobra na cozinha. E vem a Jesus reclamar de sua irmã que não a ajudava. Ele diz: “Marta, Marta! Você anda muito atarefada. Uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada”.
O importante era acolher sua Palavra, que é o primeiro alimento. Depois cuidar das outras coisas.
Esse ensinamento de Jesus nos leva a equilibrar a vida entre a atividade necessária e o descanso em Deus. Deus não dispensa as atividades humanas, mas quer que repousemos também no espiritual. Assim as atividades serão muito mais frutuosas.
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