Ao cair da chuvosa tarde desta Sexta-feira da Paixão (29) em Aparecida (SP), centenas de devotos acompanharam a tradicional Procissão do Senhor Morto pelos corredores da Casa da Mãe.
Com velas nas mãos, os fiéis seguiram o percurso manifestando sua fé, neste que é um dia de recolhimento, de jejum e de muita oração, porque a gente se recolhe diante do sacrifício de Cristo por nós.
Conduzida pelos missionários redentoristas Pe. Sebastião Reis, C.Ss.R., Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R e Pe. Jonas de Pádua, C.Ss.R, a procissão que levou o esquife com a imagem de Jesus foi acompanhado pela imagem de Nossa Senhora das Dores, cujo peito está transpassado pela espada de dor, conforme diz a Bíblia (cf. Lc 2, 35), e ainda uma pessoa representando Verônica, nome dado à mulher que, segundo as Sagradas Escrituras, teria enxugado o sangue que escorria pelo rosto de Cristo no caminho do Calvário.
Segundo a tradição, enquanto enxuga o rosto de Cristo, Verônica canta:
"Ó vós todos que passais pelo caminho
O vos omnes qui transitis per viam
Vinde e vede se existe alguma dor como a minha dor
Attendite et videte si est dolor sicut dolor meus".
Devotos de várias partes do país estiveram presentes no Santuário, como, por exemplo, dos estados do Espírito Santo e Santa Catarina. Muitas pessoas acompanhavam emocionadas o momento que encerrou a programação deste dia santo, o único do ano em que nenhuma celebração eucarística acontece, em nenhum lugar do mundo.
“Que a pomba da paz repouse sobre nossa pátria tão dividida, sobre nosso coração e nossas famílias, que a pomba da paz repouse sobre cada um de nós, para que tenhamos a paz, para que sejamos da paz. Em silêncio, rezemos pela paz no mundo”, motivou Pe. Ferdinando Mancílio, C.Ss.R., prefeito de Igreja, já no Altar Central, ao término da procissão.
Ele também recordou os milhares de lugares que hoje não podem celebrar a Paixão de Jesus por conta da falta de paz: África, Ucrânia, Oriente Médio, Ásia, Nicarágua, etc. “Quantos corações sem paz, porque não aprenderam a paz ou porque o coração está sem Deus”, refletiu, retomando o conceito da amizade social, trazido pela CF 2024.
Por fim, padre Sebastião pediu que a vela da fé não se apague diante dos desafios que vivemos no mundo de hoje, pedindo também a bênção de Deus, sob a intercessão de Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora Aparecida sobre os presentes.
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Para os devotos que a acompanhavam pela Rede Aparecida de Comunicação, a transmissão da Procissão do Senhor Morto foi permeada pelo programa especial 'Central da Paixão', com os apresentadores Eduardo Miranda, Camila Morais e Pe. José Ulysses da Silva, C.Ss.R., da TV Aparecida, auxiliando os fiéis a refletirem durante a procissão.
Recordando os países que sofrem com as guerras, a fome e as doenças — Faixa de Gaza, Haiti, Ucrânia, Moçambique, etc. — o missionário redentorista seguiu refletindo a realidade da Igreja hoje em dia. Ele ressaltou a importância dos gestos do Papa Francisco, cujo pontificado vem rompendo com tantas questões, como, por exemplo, o fato de o Pontífice ter, pela primeira vez, lavado os pés de detentas de uma penitenciária feminina, na última Quinta-feira Santa (28).
Pe. Ulysses também falou sobre a falta de amizade social no ambiente digital, sob a sombra do fanatismo político e religioso. Segundo ele, são divisões na família, nos círculos de amizade, que não refletem essa amizade social:
“Jesus morreu porque queria algo totalmente diferente. Ele queria mudar as estruturas da sociedade. E nós não aprendemos e não mudamos ainda”, concluiu.
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