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A Espiritualidade Mariana com Santo Aníbal

Nesse mês de junho celebramos Santo Aníbal Maria. Toda a sua visão, empenho pastoral e vida de caridade, foram fortalecidos através da sua experiência mística e de encontro com o Senhor por meio da oração e do exemplo de Maria Santíssima. Nesse itinerário, o encontro com os escritos de São Luís Maria Grignion de Montfort o conduziu a uma experiência fundante que marca o seu seguimento ao Senhor da messe.

Não muito conhecido pela maioria de nossos católicos, Santo Aníbal nascido no século XIX, é visto como o precursor e mestre da moderna pastoral vocacional mas, também, é preciso considerá-lo como um mestre da Espiritualidade Mariana.

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Deste modo, compreendemos o seu olhar vocacional porque nesse caminho de Espiritualidade Mariana, assumiu a sensibilidade da Virgem para si, e através disso conseguiu perceber as necessidades da Messe. Esse é primeiro convite que Santo Aníbal nos faz: ver em Maria o exemplo a ser seguido para um frutuoso seguimento e a necessidade do encontro com Jesus.

Aníbal, afirmava isso tendo plena consciência de que a devoção à Maria Santíssima é um grande meio de santificação. Aos religiosos e, àqueles que querem responder ao chamado que o Senhor lhes faz, sempre alertou para uma verdadeira devoção. Igualmente, se não tiverem em si a verdadeira devoção e não tiverem Maria como o modelo de seguimento a Jesus em sua vida de consagração, com certeza não terão perseverança na vocação. Ele mesmo diz em uma de suas cartas, datada de 1º de Abril de 1922:

“Quem ama Maria, quem confia a esta grande Mãe, quem a invoca, quem a honra, Deus estabeleceu que será enriquecido com graças sobre graças. Quem está longe dela não terá o que esperar: todas as outras práticas de devoção esmaecerão e sua perseverança vacilará.”

Ele nos apresenta Maria Mãe de Deus, que se permitiu modelar no seguimento de Cristo, tornando-se seguidora entre os demais seguidores de Jesus e revelando-se verdadeiro arquétipo do serviço à Messe do Senhor. Pois, conforme afirma Aníbal, Maria leva o fiel ao caminho da virtude da humildade, tornando-o dócil às inspirações de Deus. O exemplo de Maria promove em nós essa sensibilidade frente ao mundo marcado pela indiferença, ao ponto de reconhecermos quem somos e de desejarmos a graça da Divina Misericórdia, a amizade com o Senhor e o desejo de servi-Lo na Messe. Eis aí um segundo convite.

Leia MaisPor que Maria não teve mais filhos? Nossa Senhora, uma líder leigaComo surgiu a oração da Ave Maria?Amar a Virgem Maria exige conhecê-La - parte IITendo experimentado em vida a prática proposta por São Luís Grignion de Montfort, explicitava o quanto a ação de Maria transpõe os nossos limites levando-nos à comunhão com o seu Filho Jesus. Sendo assim grande incentivador de uma vida de total entrega a Jesus por meio de Maria Santíssima. Com isso demonstrava que antes éramos escravos do pecado (cf. Rm 6,17-18), agora a exemplo de Maria que se fez “Ancilla” ou seja, “Escrava” por amor, devemos seguir esse doce exemplo da Mãe de Deus. Deste modo serviremos o Senhor com total desprendimento de nós mesmos, de nossas ideias, de nossas vidas, reconhecendo-O como Nosso Senhor, servindo-O com fidelidade e procurando em tudo a Sua santa vontade. (cf.Gl 5,1)

Portanto, em um mundo de tantas escravaturas: tecnologias escravocratas, escravidão ideológica e escravos de si mesmos, a proposta da Espiritualidade Mariana de Santo Aníbal convida-nos a romper com os grilhões da escravidão e da cegueira ocasionada por tantos sinais de trevas, a fim de sermos sinais da luz que nos advêm do encontro com Jesus, proporcionado através do encontro com a Beatíssima Virgem Maria (cf Jo 2, 1-11).

Possamos todos, como Aníbal, descobrir em Maria um doce presente de Deus que recebendo-O e aproximando-nos Dela, tenhamos a certeza de que Ela aproximar-nos-á de Deus, instigando-nos a crepitar a santidade, inflamando em nossos corações um amor especial a Jesus sem o qual é impossível salvarmo-nos. Pois, conforme ensinou Santo Aníbal, a Espiritualidade Mariana é “a chama de amor que forma os santos”. Sim, é uma chama que nos consome em prol da messe, infundindo as sementes da justiça e da paz.

Silas de Oliveira
Associado da Academia Maria

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