Por Eduardo Lopes Caridade Em Artigos Atualizada em 12 ABR 2019 - 08H50

Olhares contemplativos de Maria

Thiago Leon
Thiago Leon

O Santo Papa João Paulo II, em outubro de 2002, entregou aos cristãos a Carta Apostólica ROSARIUM VIRGINIS MARIAE, para melhor compreensão sobre a oração do Rosário, arma fiel de combate que deve sempre estar presente na vida do cristão, como prova de piedade e devoção a tão boa Mãe.

No início da Carta Apostólica, nos diz o Santo Padre sobre o Rosário: “que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no Segundo Milênio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério... Oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade”.

A graça recebida por ocasião de nossa consagração a Maria deve permear nossas vidas e ser fortalecida por este sopro do Espírito de Deus, que nos ilumina pelos seus Mistérios, nos dando coragem de seguir avante. Com o Rosário nas mãos, vamos em frente, imitando os bons exemplos dos santos, buscando a nossa santidade, contemplando: Cristo com Maria.

A descoberta deste contemplar nos faz rezar com o coração na busca de um caminho novo, na busca da paz e união de nossas famílias, pois o mundo está sedento de paz e de unidade. As comunidades precisam ser esta família em construção, sem divisão, animada e generosa. Nada melhor que observar e se deixar cativar pelos olhares contemplativos de Maria, que nos são apresentados em alguns dos Mistérios do Rosário.

Na Anunciação, podemos contemplar Maria ao responder ao anjo Gabriel o seu “sim”, com um olhar que sai do coração, olhar obediente, sem entender, que irá conceber por obra do Espírito Santo (cf. 1º Mistério Gozoso).

Em Belém, Maria dá à luz e agora pode ver a obra da nova criação. Pegar o Menino e, com os olhos da carne, fixar com ternura seu olhar no rosto do filho. Para nós é modelo insuperável (cf. 3º Mistério Gozoso).

Em Jerusalém, Maria preocupada com a perda do Menino, retorna ao Templo e o encontra junto aos doutores e, com um olhar interrogativo, de preocupação, pergunta ao Menino: “Filho, por que fizeste isso conosco?” (cf. 5º Mistério Gozoso).

Em Caná da Galileia, Maria tem um olhar penetrante, a ponto de perceber os sentimentos escondidos de Jesus e adivinhar suas decisões (cf. 2º Mistério Luminoso).

Junto à Cruz, Maria passa a ter um olhar doloroso, por ver tão grande sofrimento de seu Filho e acolherá o novo filho, o discípulo amado (cf. Jo 19,25-27 – Mistérios dolorosos). Na manhã de Páscoa, será um olhar radioso pela alegria da ressurreição (1º Mistério Glorioso) e, enfim um olhar ardoroso pela efusão no dia de Pentecostes (cf. 3º Mistério Glorioso).

Mas, certa vez, partilhando este tema com um grupo de congregados marianos dos padres Capuchinhos no bairro da Tijuca, aqui no Rio de Janeiro, um congregado atento (Sr. Jorge), me questionou sobre mais um olhar. Perguntei a ele: – Qual? – "Faltou o olhar glorioso, aquele que contemplamos nos 4º e 5º Mistérios Gloriosos", respondeu o congregado. Bem, esse olhar não consta na Carta, mas estava no coração e olhar atento do congregado.

Que esses olhares de Maria sejam motivo de contemplação a todos nós, para mais amá-la e segui-la. Salve Maria!

Eduardo Lopes Caridade
Associado da Academia Marial

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